Atos antidemocráticos

CPI ouve major da PMDF que ensinou táticas de guerrilha no QG; acompanhe

Cláudio Mendes dos Santos prestaria depoimento no mês passado, mas passou mal e a oitiva foi adiada. Ele é investigado por ensinar guerrilha a manifestantes em frente ao QG do Exército

O major da PMDF Cláudio Mendes dos Santos é suspeito de atuar na incitação de atos antidemocráticos, em frente do Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU) -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)
O major da PMDF Cláudio Mendes dos Santos é suspeito de atuar na incitação de atos antidemocráticos, em frente do Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU) - (crédito: Ed Alves/CB/D.A.Press)
postado em 09/11/2023 09:51 / atualizado em 09/11/2023 10:17

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) vai ouvir, na manhã desta quinta-feira (9/11), o major aposentado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Cláudio Mendes dos Santos. O PM foi preso na 9ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em 23 de março.

Acompanhe o depoimento ao vivo:

O depoimento do oficial aposentado estava marcado, inicialmente, para 18 de outubro. Preso no batalhão da PMDF dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, ele passou mal durante o trajeto à CLDF, se queixando de dores no abdômen. Santos foi levado às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião.

Na unidade, o médico deu três dias de atestado para o oficial e, por isso, a oitiva do major foi adiada, sendo remarcada para essa quinta (9/11).

Nas investigações conduzidas pela PF, o oficial é suspeito de atuar na incitação de atos antidemocráticos, em frente do Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). As investigações apontam ainda que o major teria ensinado táticas de guerrilha para os manifestantes do acampamento.

O major é investigado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Calendário

A CPI pretende encerrar os trabalhos ainda esse mês. Na próxima quinta-feira (16/11), os distritais irão ouvir o coronel Reginaldo de Souza Leitão, chefe do Centro de Inteligência da PMDF. O coronel prestaria depoimento em 26 de outubro, mas apresentou atestado.

Leitão entrou no radar da CPI por supostamente estar em um grupo de WhatsApp para acompanhar as manifestações, junto com a ex-subsecretária de Inteligência, Marília Alencar. Nesse grupo, estariam representantes da Abin, que teriam enviado alertas no grupo a partir das 10h da manhã de 8 de janeiro sobre a possibilidade de vandalismo aos prédios dos Três Poderes.

O relatório final da comissão deve ser votado antes de 30 de novembro, já que a CPI acaba, oficialmente, em 5 de dezembro. Tanto direita, quanto à esquerda, produzem relatórios paralelos caso o documento do relator Hermeto (MDB) seja derrubado. O distrital já reiterou que não indiciará nomes que a CPI não ouviu, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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