A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) vai ouvir, na manhã desta quinta-feira (9/11), o major aposentado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Cláudio Mendes dos Santos. O PM foi preso na 9ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em 23 de março.
Acompanhe o depoimento ao vivo:
O depoimento do oficial aposentado estava marcado, inicialmente, para 18 de outubro. Preso no batalhão da PMDF dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, ele passou mal durante o trajeto à CLDF, se queixando de dores no abdômen. Santos foi levado às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião.
Na unidade, o médico deu três dias de atestado para o oficial e, por isso, a oitiva do major foi adiada, sendo remarcada para essa quinta (9/11).
Nas investigações conduzidas pela PF, o oficial é suspeito de atuar na incitação de atos antidemocráticos, em frente do Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). As investigações apontam ainda que o major teria ensinado táticas de guerrilha para os manifestantes do acampamento.
O major é investigado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Calendário
A CPI pretende encerrar os trabalhos ainda esse mês. Na próxima quinta-feira (16/11), os distritais irão ouvir o coronel Reginaldo de Souza Leitão, chefe do Centro de Inteligência da PMDF. O coronel prestaria depoimento em 26 de outubro, mas apresentou atestado.
Leitão entrou no radar da CPI por supostamente estar em um grupo de WhatsApp para acompanhar as manifestações, junto com a ex-subsecretária de Inteligência, Marília Alencar. Nesse grupo, estariam representantes da Abin, que teriam enviado alertas no grupo a partir das 10h da manhã de 8 de janeiro sobre a possibilidade de vandalismo aos prédios dos Três Poderes.
O relatório final da comissão deve ser votado antes de 30 de novembro, já que a CPI acaba, oficialmente, em 5 de dezembro. Tanto direita, quanto à esquerda, produzem relatórios paralelos caso o documento do relator Hermeto (MDB) seja derrubado. O distrital já reiterou que não indiciará nomes que a CPI não ouviu, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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