TRANSPORTE PÚBLICO

DF amanhece sem ônibus mesmo após Justiça determinar fim da greve

Passageiros do DF e Entorno se aglomeram em paradas de ônibus à espera do transporte coletivo. Os rodoviários mantiveram a paralisação

Passageiros do DF e Entorno se aglomeram em paradas de ônibus à espera do transporte coletivo. Os rodoviários mantiveram a paralisação -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Passageiros do DF e Entorno se aglomeram em paradas de ônibus à espera do transporte coletivo. Os rodoviários mantiveram a paralisação - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
postado em 06/11/2023 06:37 / atualizado em 06/11/2023 06:58

Mesmo após a Justiça determinar a circulação de ônibus no Distrito Federal e Entorno em horários de pico nesta segunda (6/11), os rodoviários mantiveram a paralisação total, decidida em assembleia no domingo (5/11), e deixaram os ônibus nas garagens dos terminais na manhã de hoje. A greve começou às 0h desta segunda-feira (6/11). 

A Justiça atendeu ao pedido da Procuradoria Geral do Distrito Federal (PGDF), que entrou com liminar para suspender a paralisação. A decisão judicial chama o movimento dos rodoviários de "ato abusivo" por ter sido tomada sem "aviso regular" e não prever "fixação mínima de funcionamento de percentuais do transporte coletivo".

A decisão determinou que 100% das frotas rodem no horário de pico, entre 6h às 8h30 e das 17h às 19h30. No entanto, às 6h ainda não haviam ônibus — as ruas do DF e do Entorno permanecessem sem os veículos de transporte público até o fechamento desta matéria. 

Ao Correio, uma fonte do Sindicato dos Rodoviários informou que os rodoviários terão uma reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho às 16h desta segunda (6/11). 

Rodoviários reivindicam melhorias trabalhistas

O Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal anunciou, na manhã deste domingo (5/11), a paralisação das atividades. A categoria reivindica melhorias trabalhistas, como a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a reposição salarial com ganhos acima da inflação.

A proposta de reajuste salarial da categoria deveria ter sido apresentada até agosto, mas as empresas alegam que sem o aporte do GDF não podem propor nenhuma melhoria salarial.

Em nota, a Central única dos Trabalhadores, ligada ao Sindicato dos Rodoviários do DF, diz que os representantes das empresas propuseram reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico; de 8% no tíquete alimentação e de 10% na cesta básica. Essa proposta, no entanto, foi considerada insatisfatória pela categoria.

"Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada e agora só nos resta ir à luta para atender a vontade da categoria. Esperamos sair vitoriosos", disse o presidente da Sindicato dos Rodoviários do DF, João Dão.

Semob considera greve abusiva

A Semob publicou na tarde deste domingo uma nota em que considera "abusiva" a greve decretada pelo Sindicato dos Rodoviários do DF. Segundo a pasta, a categoria e as operadoras de transporte da capital teriam chegado a um acordo ao longo da semana passada.

Esse consenso, porém, não foi aprovado pelos sindicalistas, na assembleia. "A Semob considera a greve abusiva, uma vez que houve proposta das operadoras e houve acordo entre as empresas e o Sindicato dos Rodoviários", diz a nota.

Os impactos da paralisação, de acordo com a Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal, vão abranger diversas regiões operacionais do DF.

 

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