Os atos de depredação do patrimônio público, em 8 de janeiro, foram iniciados bem antes da data por grupos de extrema direita. É o que avalia o deputado Chico Vigilante (PT) acerca do trabalho realizado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O parlamentar é o convidado desta segunda-feira (30/10) do programa CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Em entrevista aos jornalistas Ana Maria Campos e Ronayre Nunes, o petista retoma os antecedentes dos atos de vandalismo e detalha os resultados desses 8 meses de comissão. Além disso, Vigilante avalia o primeiro ano do governo Lula.
“Na verdade, aqueles atos não começaram dia 8. Começaram com aquelas motociatas negacionistas, tentando dizer que as eleições seriam fraudulentas, desacreditando as instituições e as urnas eletrônicas. Também em 12 de dezembro, na diplomação do presidente Lula, quando praticamente tocaram fogo em Brasília” reflete Chico Vigilante, eleito presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em fevereiro.
Para ele, a extrema direita brasileira é responsável pelo ocorrido, ao negar o resultado das eleições. “A extrema direita que não quer democracia e fica o tempo todo falando sobre pauta de costumes. Enquanto esse país tinha 33 milhões de pessoas na miséria, passando fome, eles ficaram mentindo dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) queria legalizar o aborto, quando 800 mil mulheres são vitimadas de alguma maneira em função de aborto no Brasil”, critica o deputado.
Com oito meses de CPI, programada para seguir com investigações até 16 de novembro, o petista defende que nenhuma outra ação da Câmara Legislativa gerou tanta repercussão e atenção dos eleitores. “Hoje, estamos em um ponto que sabemos, efetivamente, aonde ela está chegando. Ela está chegando em financiadores, em organizadores e ela vai dar bom resultado. Tudo que nós apuramos até hoje, cabe à CPI fazer um indiciamento de pessoas, e muita gente será indiciada.”
Gestão Lula
Sobre o primeiro ano de um novo governo Lula, Chico Vigilante aponta a necessidade de estar atento aos acontecimentos globais para projetar o futuro do Brasil. “Temos que olhar também a situação externa, de uma guerra insana que é praticada hoje entre Israel, matando palestinos, e o Hamas, matando israelitas”. O distrital também cita o conflito entre Ucrânia e Rússia, “tudo isso interfere no mundo e traz problemas econômicos”, conclui.
Assista o programa completo:
Estagiário sob supervisão de*
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