Francisco Ferreira da Silva, 71 anos, uma das sete vítimas do grave acidente, que aconteceu no último sábado (21/10). O episódio ocorreu na BR-070, na altura de Ceilândia, no veículo estavam presentes 32 passageiros. O transporte vinha do Maranhão, e segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), não possuía autorização para realizar transporte interestadual de passageiros.
O morador de Ceilândia deixou oito filhos. Ele foi ao Maranhão visitar um irmão que está doente, por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ficou apenas cinco dias em sua terra natal e voltou para a capital, os familiares contam que era muito comum ele ir para o nordeste reencontrar e matar a saudade de todos e que, em apenas cinco meses, ele havia feito isso três vezes.
Rodrigo Carvalho, 36, genro da vítima, conta que Ferreira sempre foi muito querido por todos, sempre foi uma pessoa muito presente, amorosa. "Mais que um amigo, para mim ele era um pai e me tratava como um filho. Nunca desistiu de ninguém da família. Não é por conta do momento, mas ele era realmente uma excelente pessoa" relata.
O irmão do Francisco, Erasmo Castro Souza, 66, veio do Maranhão para Brasília para o velório e comentou a excelente relação, pois Francisco era querido por todos. "Sempre que ele ia para minha casa era uma festa. A gente comemorava muito. Toda vez a gente matava um porco", lembra. Para Souza, o "Bebeu" como era carinhosamente chamado, vai ser lembrado como um ótimo irmão, uma ótima pessoa. "Dele eu só irei falar coisas boas, ele vai ser lembrado por todos dessa forma", Completa.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), pouco antes da tragédia, o ônibus havia sido parado no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, para a fiscalização de servidores da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), no entanto, o motorista teria arrancado em alta velocidade. Em uma tentativa de fuga, perdeu o controle, o que acarretou no capotamento.