Uma multidão de entusiastas se reuniu na Praça do Cruzeiro, na tarde deste sábado (14/10), para observar o eclipse solar anular. Mesmo ocorrendo parcialmente, sem a lua tampar totalmente o sol, pessoas de todas as idades usaram chapas e telescópios adaptados para conseguir ver mais detalhadamente o fenômeno astronômico.
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Segundo agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que se encontravam no local, cerca de 2 mil pessoas estavam na praça no momento em que o eclipse ocorria. Uma delas foi o funcionário público Tibério Bulhões, 54 anos. O eclipse deste sábado foi o segundo testemunhado por ele na vida.
“Esse é um hobby muito chique, que atrai um pessoal interessado muito bacana. Junta a fome com a vontade de comer. Vemos coisas legais, com pessoas legais, ainda tem toda parte de diversão. Fora o aprendizado. Hoje sei mais de ótica, mecânica e mais um monte de coisas. Isso porque nem peguei um eclipse total”, alegra-se.
A vontade de ver os detalhes do fenômeno era enorme, mas os curiosos tiveram que tomar alguns cuidados fundamentais para preservar a saúde dos olhos. “Mesmo com a Lua tampando o Sol, ainda há muito risco de lesão na retina. Os raios solares são muito fortes, não devemos olhar diretamente para o sol e no eclipse não é diferente. Os raios continuam danosos e ainda corremos o risco, mesmo com o sol estando menos intenso, se olharmos por mais tempo”, alerta o oftalmologista do Visão Hospital de Olhos, Tiago Ribeiro.
O mais adequado, de acordo com o médico, era observar um eclipse por meio de um telescópio com filtro adequado para a radiação solar. “O raio solar pode, inclusive, causar uma lesão irreversível na mácula, que é a área mais nobre da visão que temos na retina”.