ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

CPI da CLDF aprova quebra de sigilo de líder dos atos golpistas do 8/1

Ana Priscila de Azevedo é considerada uma das lideranças dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ela está presa na Penitenciária Feminina do DF desde janeiro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), aprovou, nesta quinta-feira (5/10), a quebra de sigilo telefônico e telemático de Ana Priscila de Azevedo, considerada como uma das lideranças dos atos golpistas, na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

Ana Priscila de Azevedo prestou depoimento à CPI na quinta-feira (28/9). Aos distritais, afirmou que não iria desistir do país, e se juntou aos manifestantes porque pensavam igual a ela. “Sou brasileira, sou patriota e jamais desprezei a democracia. Sou patriota, mas não sou golpista. Sou patriota, como deve ser todos os deputados. Sou patriota como devia ser todos os ministros do STF”, disse.

“Em momento algum pensei que ser patriota pudesse ser sinônimo de golpista, e passasse a ser considerado um tipo penal. Pensava eu que a democracia me permitisse o direito ao livre pensamento, onde eu pudesse ir aonde e me encontrasse com quer que fosse”, disse.

Ela foi presa pela Polícia Federal em 10 de janeiro, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e se encontra detida na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia. A bolsonarista também era administradora de um grupo no Telegram, chamado de “A queda da Babilônia”, que contava com cerca de mais de 35 mil membros. Mesmo após os ataques, Ana Priscila seguiu com postagens em grupos de telegram. “Os caras armaram e colocaram tudo para cima de mim. Assassinaram minha reputação e não minha consciência", escreveu, na época.

Blogueiro da bomba

O blogueiro Wellington Macedo, um dos três condenados por tentar explodir uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado, é ouvido nesta quinta-feira (5/10) na CPI da CLDF.

Preso em uma operação conjunta da polícia paraguaia com a Interpol, no mês passado, o blogueiro prestará depoimento na condição de testemunha e tem como por obrigação comparecer à oitiva. Apesar disso, ele pode ficar em silêncio. A defesa de Wellington não protocolou nenhum habeas corpus.

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