Crime

O que se sabe sobre o grupo que faturou R$ 170 mi em lavagem de dinheiro

Os policiais civis cumpriram, na manhã desta quinta-feira (5/10), 25 mandados de busca e apreensão no DF e nos estados de São Paulo, Alagoas e Bahia contra o grupo suspeito

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), cumpriu, na manhã desta quinta-feira (5/10), 25 mandados de busca e apreensão no DF e nos estados de São Paulo, Alagoas e Bahia. As investigações, que resultaram na 2ª fase da Operação Il Padrino, indicam que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 170 milhões entre 2020 e 2023 em um esquema milionário de lavagem de dinheiro.

Na operação, também houve o bloqueio e sequestro de valores de contas bancárias pertencentes a 12 empresas e 21 pessoas físicas, todas suspeitas de envolvimento no esquema. Dos 25 mandados de busca e apreensão, 15 foram cumpridos no Distrito Federal, enquanto os demais ocorreram nas cidades de Sorocaba (SP), São Paulo (SP), Avaré (SP), Pau dos Ferros (RN), Arapiraca (AL) e Salvador (BA).

Segundo a PCDF, nesta segunda fase da Operação Il Padrino, os investigadores se dedicaram primordialmente a seguirem o rastro do dinheiro, mapeando minuciosamente as movimentações financeiras para decifrar sua origem e destino.

Nas investigações, foi descoberto que um dos principais operadores financeiros da organização criminosa, liderada pelo indivíduo conhecido como "Inseto" ou "Padrinho", utilizou 12 empresas fantasmas entre 2020 e 2023. Essas empresas de fachadas serviram como instrumentos para a lavagem de dinheiro e para a aquisição de entorpecentes nas regiões de fronteira entre o Brasil e a Bolívia.

Além disso, o esquema criminoso também atraia cidadãos comuns, transformando-os em laranjas. Essas pessoas eram instruídas pelos suspeitos a comparecer a determinadas agências bancárias onde recebiam grandes quantias, variando entre R$ 20 mil e R$ 150 mil. Os valores eram posteriormente depositados na boca do caixa em contas das empresas de fachada.

Ainda segundo as investigações, de 2021 a maio de 2023, essas empresas de fachada receberam aproximadamente R$ 4 milhões provenientes da organização criminosa baseada no Distrito Federal. Apurou-se também que as mesmas empresas serviam a um gigantesco esquema de âmbito nacional, que movimentaram cerca de R$ 170 milhões entre 2020 e 2023.

Durante as diligências, os policiais civis da Cord identificaram que tais empresas foram formalmente registradas em diversas cidades, incluindo São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Avaré (SP), Goiânia (GO), Anápolis (GO) e Mossoró (RN).

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