Incêndio

Adolescentes fazem princípio de motim em unidade de internação no DF

Jovens colocaram fogo em colchão e acabaram sofrendo queimaduras no rosto e nas mãos

Adolescentes fizeram um princípio de motim na Unidade de Internação de São Sebastião e atearam fogo em pedaços de espuma de colchão e em roupas na noite desse domingo (2/10). Ao menos dois socioeducandos ficaram feridos e sofreram queimaduras de segundo grau no rosto e nas mãos.

Por volta das 23h45, agentes socioeducativos escutaram barulho de pancadas vindo de uma das portas nos alojamentos do corredor. Em um dos alojamentos, os policiais encontraram diversas espumas de colchão e perceberam sinais de fumaça e fogo no interior do quarto. Os agentes solicitaram apoio via rádio dos plantonistas e perceberam que outras espumas em chamas estavam sendo arremessadas para outros dois quartos do corredor.

O interno suspeito teria resistido ao comando dos agentes e resistido ao uso de algemas, sendo necessário o uso de spray para conter o menor. Os outros socioeducandos foram retirados dos alojamentos algemados e levados à área de convivência de módulo para impedir qualquer fuga. Ao ser questionado pelos servidores, o adolescente suspeito de atear fogo nos colchões confessou o crime e afirmou que tinha a intenção de “puxar” um motim.

Os dois menores responsáveis foram encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente e, em seguida, levados ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde foi constatado as queimaduras de segundo grau. Devido à falta do serviço de enfermaria na unidade, não foi possível fazer o exame chamado “mapa de lesão”.

"Fato isolado entre dois internos"

Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) informa que a situação ocorrida na Unidade de Internação de São Sebastião foi controlada imediatamente. A pasta diz que um fato isolado entre dois internos desencadeou a queima de parte de seus colchões.

Segundo a Sejus, eles foram levados ao hospital para exames e posteriormente à Delegacia da Criança e do Adolescente. "É importante afirmar que não ocorreu rebelião na unidade. Logo após o fato, a rotina foi reestabelecida", conclui a pasta. 

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