O médico brasiliense Rubem Davi, de 33 anos, foi ameaçado por uma pessoa que simplesmente enviou um Pix, de R$ 19,50, por engano para ele. O caso ocorreu na manhã de domingo (1°/10) e repercutiu bastante nas redes sociais.
No e-mail, a pessoa que mandou a transação bancária para Rubem diz que acabou enviando o valor sem querer a ele. No entanto, logo em seguida, o autor do Pix diz que constatou com um “amigo”, que relatou que o médico brasiliense “farma pix em cima dele”. O homem cobrou que Rubem enviasse o valor de volta, senão iria colocar a polícia atrás do médico. Ele publicou o caso no X (antigo Twitter), e repercutiu entre os internautas.
“Constatei um amigo meu aqui e ele falou que você farma pix — a expressão foi utilizada numa espécie de se aproveitar dos valores recebidos — em cima dele, então se você não mandar o estorno do dinheiro até amanhã às 00:00 vou entrar na Justiça e usar seu e-mail e CPF como forma de encontrar você juntamente com a polícia e fazer você mandar o pix por mal”, escreveu o autor do Pix, enviando os dados bancários para que o valor fosse depositado novamente.
Ao Correio, o médico que trabalha em um hospital particular do DF, além de atuar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), disse que se assustou quando olhou o celular e reparou no e-mail. “Sou daqui, nascido e criado no quadradinho. Quando peguei o celular, vi o Pix e o e-mail já de uma vez. Minha reação foi achar cômico, e pensar que ele poderia ter tido uma abordagem diferente, mas entendi a preocupação”, disse, aos risos.
“Eu devolvi o Pix na hora que vi. É a segunda vez que aconteceu isso na minha vida, e ele veio falando que eu ‘farmo pix’ em cima do amigo dele. O meu Pix tá aí aberto para quem quiser, viu”, brincou o médico. O médico preferiu não procurar a polícia para registro de ocorrência.
No tweet, vários usuários brincaram com a situação. Um deles zoou o homem dizendo que “mandaria 19,60 de volta e escreveria ‘mandei mais para necessidade que você está passando’”. Outro sugeriu que o médico devolvesse o valor e acrescentasse, pedindo para que o homem que enviou o Pix ficasse com o troco.
Afinal, é crime?
O próprio Correio, no ano passado, divulgou uma reportagem com um especialista contando sobre transações feitas pelo Pix que foram parar em contas erradas. Na ocasião, para a repórter Fernanda Strickland, o advogado especializado em direito do consumidor, cobranças e fraudes, Afonso Morais, explicou o que fazer em situações assim.
“No caso das pessoas que fizeram o pagamento, a alternativa é buscar a sua agência bancária para resolver a situação, buscando a pessoa para quem foi realizada a transferência”, disse. “A recomendação que faço é de que, recebendo na sua conta bancária um valor por engano, não pense duas vezes e devolva o valor. Se não devolver para a pessoa que fez a transferência ou para o banco que fez a remessa da importância, o recebedor terá cometido o crime de apropriação indevida, no caso o recurso financeiro”, concluiu.
Utilizar dinheiro recebido por engano pode ser considerado crime de apropriação indevida. O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, foi lançado pelo Banco Central em 2020.
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