Inovação

Evento em Brasília apresenta soluções para acelerar o processo público

Soluções oferecidas por empresas aceleradoras a órgãos governamentais e estatais para automatização e organização da prestação de serviços à população foi tema do evento Desafio de problemas complexos no governo

Evento debateu soluções para processos públicos.
Evento debateu soluções para processos públicos. "DF é um campo fértil", afirma sócio da Cotidiano Aceleradora - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 28/10/2023 00:01 / atualizado em 28/10/2023 13:52

Com mais de 50 representantes governamentais e de empresas especializadas em otimizar processos, o evento Desafio de problemas complexos no governo — organizado pela Cotidiano Aceleradora — debateu, nesta sexta-feira (27/10), o trabalho de aceleração, inovação de processos de trabalho e organização de serviços no setor público. No Espaço Inovação, no edifício 3 do Banco do Brasil, no Setor Bancário Sul (SBS), os palestrantes destacaram o poder de integração que prestam às instituições.

Para isso ocorrer, a diretora de inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Camila Medeiros, destaca que é preciso ter um trabalho conectado entre empresas e pesquisadores para identificar soluções, com base tecnológica, para resolver os problemas de serviço nos órgãos públicos da melhor forma. "A gente apoia órgãos da administração pública com a realização de pesquisas, mas também ajudando na produção de projetos de inovação para que se entenda os problemas e identifique soluções", contextualiza.

Camila cita três camadas de valor que a Enap entrega às instituições públicas: a capacidade de entender o problema de forma mais completa; o apoio metodológico para um conhecimento especializado e endereçamento dos problemas; e a capacidade de fazer a conexão das instituições com setores dentro delas que resolvam os problemas. "Fazendo um mapeamento tecnológico, a gente consegue identificar coisas que muitas vezes não fazem parte do repertório do órgão", detalha Camila.

Diretora de inovação da Enap, Camila Medeiros, diz que é preciso ter um trabalho integrado para resolver problemas
Diretora de inovação da Enap, Camila Medeiros, diz que é preciso ter um trabalho integrado para resolver problemas (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)

Empresa que presta esse tipo de serviço há sete anos no DF, a Cotidiano Aceleradora otimizou processos de mais de 200 startups e 500 times corporativos, como cita o sócio da empresa, André Fróes. Um dos clientes é justamente a Enap. Ele explica que são solucionados problemas de diversos setores com foco em pessoas, processos e em estruturação de valores. "Começamos ajudando empreendedores a criarem empresas inovadoras que solucionam problemas de diversos setores. Com a evolução do nosso trabalho, começamos a perceber que essa mentalidade de empreender poderia ser aplicada às empresas tradicionais", lembra.

André diz que a Cotidiano atua em outras localidades, mas tem foco maior na capital federal por ser um ambiente fértil. "Ajudamos esses times a olharem os problemas complexos e que precisam de criatividade, agilidade e organização para que sejam resolvidos da melhor forma. São instituições grandes que têm muita gente boa, que é a grande força dentro desses órgãos públicos. Pessoas, processos e valores são coisas que a gente ajuda a estruturar para que, de fato, os problemas sejam resolvidos", explica o sócio.

Trabalho na ponta

Com programação das 9h às 12h30, o evento reuniu equipes do Ministério da Saúde, Banco do Brasil, Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). Dois representantes do ministério, Guilherme Sheldon e Mônica Mônica Moraes, respectivamente, analista e coordenadora de Cooperação Técnica em Saúde, comentaram que o serviço na pasta federal exige organização nos setores para que o trabalho na ponta da cadeia de produção seja bem feito, como a aquisição e entrega de vacinas e medicamentos do Programa Nacional de Imunização. Para isso, há desafios, como funcionários analisarem a complexidade dos documentos de diversos temas. "A análise precisa vir do ser humano. Não dá para ser só inteligência artificial porque existem programas de saúde onde somente a experiência pessoal pode contar nessas horas", comenta Mônica.

Ela acrescenta que, atualmente, há 61 termos de cooperação dentro do Ministério para acelerar os

Analistas de projetos de Cooperação Técnica em Saúde do Ministério da Saúde, Guilherme Sheldon e Mônica Mônica Moraes palestraram no evento
Analistas de projetos de Cooperação Técnica em Saúde do Ministério da Saúde, Guilherme Sheldon e Mônica Mônica Moraes palestraram no evento (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
processos de produção. O departamento faz um acompanhamento desses projetos desde o início do planejamento, e abrange todas as áreas de atenção em saúde, seja saúde da mulher, da criança, atenção primária ou especializada. "Temos cooperação com hospitais, como o Sírio Libanês e Hran, na realização de um trabalho de excelência no transplante de órgãos. Todo esse trabalho, que impacta em UBSs e clínicas da família, é ramificado em uma rede de pessoas atendidas pelo SUS", completa.

 


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