Segundo dados do projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (Pipas), divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25/10), 51,1% das crianças com menos de 6 meses no Distrito Federal estão em aleitamento materno exclusivo, isto é, quando o bebê recebe leite diretamente da mama da mãe, sem outros líquidos ou sólidos. O índice é um pouco menor do que a média nacional, que é de 57,8%.
A pesquisa, realizada com o apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, foi apresentada no X Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância. Os indicadores do projeto foram coletados a partir de dados de 13.435 crianças, e treze capitais brasileiras, que participaram da Campanha de Multivacinação de 2022. Porto Alegre foi a cidade que apresentou maior frequência de aleitamento exclusivo, com 74,7%.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno exclusivo ocorra até o 6º mês de vida da criança, por causa dos benefícios que o ato traz à saúde. "O leite materno possui substâncias que nenhum outro alimento possui, como as células 'vivas' — células de defesa que agem promovendo a maturação do sistema imunológico e do sistema digestivo do lactente, além de protegê-lo contra infecções", explica a OMS.
O trabalho para assegurar um processo de amamentação bem-sucedido é coletivo, pois as gestantes e toda a rede de apoio devem receber orientações médicas sobre as especificidades do aleitamento materno, como o aspecto do leite, a quantidade de amamentação por dia, comportamento do bebê e alimentação da mãe.
O Correio tenta contato com a Secretaria de Saúde do DF para saber detalhes sobre as ações de fomento do aleitamento materno, assim como as iniciativas de apoio às mães, mas até a publicação desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Dados por cidades:
- Porto Alegre: 74,7%
- Porto Velho: 66,9%
- São Paulo: 63,2%
- Fortaleza: 62%
- Aracaju: 54,7%
- São Luís: 52,9%
- Rio de Janeiro: 52,4%
- Distrito Federal: 51,1%
- João Pessoa: 49,6%
- Belém: 48,6%
- Recife: 48,3%
- Florianópolis: 43,7%
- Campo Grande: 35,9%
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