Uma das vítimas do acidente na BR-070, que causou sete mortes, teve alta médica do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) nessa terça-feira (24/10). À reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou a informação na manhã desta quarta-feira (25/10).
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Segundo a pasta, quatro pacientes permanecem internados no HRC e seguem estáveis. Outros três pacientes estão internados no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e apresentam estabilidade nos quadros de saúde.
Relembre o caso
Sete pessoas morreram e 17 ficaram feridas após o capotagem de um ônibus que fazia o trajeto Maranhão-Brasília, no fim da tarde de sábado (21/10). O acidente aconteceu na BR-070, na altura da Ceilândia — 32 passageiros estavam dentro do veículo no momento.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o veículo não tinha autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros, estava sem seguro e com os pneus carecas. No mesmo dia, o motorista que dirigia o ônibus, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, e o pai dele, Alexandre Henriques Camelo, dono da empresa de transporte de turismo responsável pelo veículo, foram presos em flagrante.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o acidente ocorreu após o ônibus ser parado no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, onde agentes da ANTT realizaram uma vistoria e encontraram irregularidades no ônibus, constatando que tratava-se de transporte pirata.
Em seguida, os fiscais iniciaram uma escolta do ônibus até o terminal rodoviário mais próximo — em Taguatinga —, como é padrão neste tipo de flagrante, para que os passageiros pudessem desembarcar e que o transporte fosse apreendido.
Tentativa de fuga
A empresa ficaria, ainda, responsável por arcar com os custos do restante da viagem dos que embarcaram no transporte clandestino, para que pudessem seguir por outra linha, em situação regular. No entanto, em uma tentativa de fuga, o motorista teria arrancado em alta velocidade durante o trajeto entre o posto da PRF e o terminal rodoviário, perdendo, assim, o controle do veículo, o que acarretou no capotamento. Em nota divulgada à imprensa, a ANTT esclareceu que não houve perseguição por parte da equipe da agência.
Em testemunho à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Felipe afirmou que quem estava dirigindo o veículo no momento do acidente era o pai. Alexandre, por sua vez, garantiu que não estava fugindo da fiscalização, já que o ônibus estava cheio e os fiscais estavam em posse dos documentos dos passageiros.
Segundo a versão dele, o ônibus derrapou devido a uma caminhonete que freou na frente do veículo, fazendo-o perder o controle. O teste de bafômetro foi feito no local e comprovou a não ingestão de bebida alcoólica por parte dos motoristas. Ambos responderão na justiça por homicídio qualificado.