O ex-delegado-chefe da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido teve a aposentadoria confirmada, em portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (17/10).
Na portaria, é citada uma decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), onde consta que a aposentadoria de policiais civis é concedida por tempo de serviço prestado em “atividades exercidas sob condições especiais, nocivas à saúde ou à integridade física de servidor público, com conversão do tempo especial em tempo comum, tendo em vista recente decisão do Supremo Tribunal Federal - STF no julgamento do Tema 942, de Repercussão Geral.”
O ex-delegado-geral deixou o cargo em 2 de outubro, por ser alvo de dois inquéritos policiais, além de um procedimento administrativo disciplinar, após a esposa e uma outra que mantinha relacionamento com o policial se unirem e registrarem ocorrência contra ele – a esposa, dias depois, retirou a queixa na polícia. Cândido estava no cargo há quatro anos e nove meses.
Ao comunicar o desligamento das funções como delegado, Cândido, por meio de seus advogados, detalhou que chegou ao topo, e que cumpriu a função como delegado. "O ex-delegado-geral da Polícia Civil do DF vem a público, em respeito à sociedade, à imprensa e, sobretudo, à instituição que integrou e defendeu por 32 anos, depois de chegar ao topo da carreira, convicto de que cumpriu sua missão, dizer que tomou a decisão de pedir aposentadoria", escreveu o advogado Cleber Lopes, em nota enviada à imprensa.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), na segunda-feira (9/10), aceitou o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e deferiu medidas protetivas de urgência em favor da mulher que mantinha um relacionamento com Cândido.
O processo corre em sigilo, mas a reportagem do Correio apurou que o ex-chefe não poderá se aproximar da mulher e nem comparecer no local de trabalho dela, além de não poder manter contato com ela pelas redes sociais.
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