Morreu, aos 71 anos, o jornalista, editor e escritor Antonio de Pádua Ferreira Gurgel. O velório aconteceu neste sábado (14/10), no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória. O falecimento do profissional foi comunicado pela família nas redes sociais, que não divulgou a causa da morte.
Antonio formou-se na Universidade de Brasília (UnB) e teve passagens por inúmeros jornais do país, como em Vitória, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital do país, chegou a fundar os veículos de comunicação Tribo e Cidade Livre.
Além de jornalista, escreveu várias obras ao longo da vida. Os dois primeiros livros foram publicados em Brasília, em 1984. A História da Justiça Capixaba, dos nossos portos e de Vila Velha marcaram a carreira de Gurgel. Em 1998, escreveu O Diário da Rua Sete, que narra a história do jornal capixaba O Diário, já extinto há alguns anos.
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Entretanto, escrever sobre personalidades era o carro chefe do jornalista, em especial do próprio estado de origem. O projeto Grandes Nomes do Espírito Santo carrega 32 títulos atualmente, com as biografias de: Renato Pacheco, Afonso Cláudio, Carlos Lindenberg, Augusto Ruschi, André Carlone, Maysa, Rubem Braga, Jones dos Santos Neves, Padre José de Anchieta e Frei Palácios.
Antes de falecer, o último lançamento homenageou o pai, Mário Gurgel, ex-prefeito de Vitória. A edição foi feita em inglês e intitulada de Menino da Ilha. O jornalista era sócio-gerente da editoria Pro Texto Comunicação e Cultura. Lá, mais de 70 livros foram escritos, organizados e editados por Gurgel, que era fã de projetos de interesse histórico, educacional.
Companheiros de jornada
Armando Sobral Rollemberg, 71, amigo de Gurgel, conheceu o jornalista em 1968, quando estudaram juntos no ensino médio. Desde então, ainda que separados por alguma distância, continuaram amigos. Seja com o jornalista em Brasília ou no Espírito Santo, o carinho sempre foi o mesmo. “Ele era bastante combativo, tinha muita criatividade e dinâmica. Vai deixar saudade”, ressalta Armando.
Padu, como é chamado pelo amigo, acompanhou-o na criação dos jornais Tribo e Cidade Livre. Armando, que também é jornalista, destaca a luta de Gurgel ao longo dos anos na profissão. Engajado nas causas que assumia, além de comunicativo o suficiente para manter, sempre, uma boa relação com as pessoas.
“Vez ou outra ele ligava pra minha mãe, que hoje tem 91 anos, só pra falar com ela. Um cara lutador com uma história estimulante. Fomos companheiros de jornada. O dinamismo dele, a gargalhada que vai ficar na memória de todos. Ele era diferente”, finaliza Armando.
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