Espaço de encontros, diversão e esporte, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek completou, ontem, 45 anos. Para muitos, o local mantém-se como um dos mais agradáveis cartões-postais de Brasília, seja pela arborização, seja pelas boas memórias que ali se construíram. Até em letra de música do Legião Urbana ele apareceu, tamanha popularidade.
O parque recebe cerca de 19 mil pessoas por semana, e até 45 mil aos sábados e domingos, números que dobram quando há festivais, segundo dados da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Da antiga piscina de ondas ao foguetinho, do Ana Lídia, não faltam histórias de frequentadores com o espaço.
Jiovane de Oliveira, 59, iniciou ontem o trabalho de segurança no Nicolândia, mas sua relação com o Parque da Cidade começou muito antes. Nos anos 1980, ele frequentava a piscina de ondas com a namorada que, há mais de 40 anos, tornou-se sua esposa. "Se o lugar voltasse a funcionar, eu certamente levaria os meus netos para se divertirem, como eu me diverti", disse.
Apesar de gostar do espaço, em especial pela arborização, acredita que o parque precisa de mais atenção das autoridades. "A limpeza e a manutenção são aspectos que precisam melhorar", pontuou.
O fotógrafo Gustavo Lucena, 36, visita o local desde criança. Na infância, viveu aventuras nas areias do parquinho Ana Lídia, cujo brinquedo favorito era, sem dúvidas, o foguetinho. À medida que foi crescendo, passou a participar de churrascos com os amigos e a família, no lugar onde ficavam os antigos pinheiros, e andar de bicicleta entre as árvores tornou-se uma atividade semanal.
Atualmente, Gustavo traz os três filhos, Geovana, Gabriel e Gael, para o parque sempre que pode. "É um lugar muito tranquilo e que me remete a boas lembranças. Quero que meus filhos possam desenvolver histórias aqui também", contou. Além disso, quando precisa de belas paisagens para os seus ensaios fotográficos, o profissional logo se lembra do espaço.
"O parque é um respiro para mim, em meio a selva de pedra que é Brasília", destacou a estudante Maria Eduarda Cardoso, 20 anos. Quando criança, frequentava o lugar com os pais para andar de bicicleta e curtir a natureza, momentos que se tornaram parte da sua memória afetiva. Hoje, ela pratica, todos os dias, futevôlei com os amigos.
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Ademais, para a jovem, o local é sinônimo de saúde, pois contribui para as práticas esportivas dos frequentadores e é uma ótima escolha para desestressar. "Adora passear perto do lago e ficar observando os animais da região. Me acalma", completou.
O militar e advogado Carlos Alberto de Souza, 73, pedala todos os dias no parque com o amigo de profissão. "Colocamos o papo em dia", comentou. Há oito anos que ele segue essa rotina, além de reunir a família e os colegas, nos finais de semana, para piqueniques e churrascos. "Minha única decepção foi com a recente retirada dos pinheiros. Acredito ter sido uma decisão muito radical", revelou.
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