Atos antidemocráticos

Militar do GSI que deu água a invasores no 8/1 é ouvido na CPI do DF

José Eduardo Natale será ouvido na condição de testemunha. O major foi flagrado pelas câmeras do circuito interno do Planalto, dando água para invasores no 8/1

CPI da Câmara Legislativa ouve José Eduardo Natale, major que deu água para invasores no dia 8 de janeiro, nesta segunda-feira (9/10) -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
CPI da Câmara Legislativa ouve José Eduardo Natale, major que deu água para invasores no dia 8 de janeiro, nesta segunda-feira (9/10) - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
postado em 09/10/2023 10:40 / atualizado em 09/10/2023 11:38

O major do Exército José Eduardo Natale, ex-integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, flagrado dando água para invasores no Palácio do Planalto, no 8 de janeiro, será ouvido na manhã desta segunda-feira (9/10) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF).

A sessão está marcada para ter início às 10h30. Natale justificou em depoimento à Polícia Federal que, dentro do Planalto, foi hostilizado pelos manifestantes. O major acrescentou que só deu água para os invasores na tentativa de acalmá-los.

Antes, o major foi ouvido pela PF referente aos atos de 8/1, mas na condição de testemunha. Natale passou a figurar no foco das atenções após a divulgação do circuito interno do Planalto. Poucos dias depois, o ex-chefe do GSI, general G. Dias, deixou a função.

Quem é o major

José Eduardo era o coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia dos ataques. Ele também já integrou a equipe de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos).

O militar é formado na Academia Militar de Agulhas Negras e foi nomeado para um posto no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em 2020, durante a gestão do ex-ministro general Augusto Heleno, e afastado do cargo dias após os atos terroristas pela administração de G. Dias — exonerado por também aparecer em gravações interagindo com os bolsonaristas.

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