FESTA

Pacientes da Abrace têm um dia de princesa em festa de 15 anos

Adolescentes que lutam contra o câncer e doenças de sangue, terão um dia de celebração dos 15 anos

Um dia de princesa para verdadeiras guerreiras -  (crédito: Divulgação )
Um dia de princesa para verdadeiras guerreiras - (crédito: Divulgação )
postado em 08/10/2023 17:33 / atualizado em 08/10/2023 17:34

A Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) realizou, ontem, um dia especial para as meninas que são assistidas pela entidade. Em comemoração aos 15 anos delas, 10 garotas receberam um dia de princesa, com direito a vestido, a fotos e vídeos, além da degustação de guloseimas. Esta é a 8ª edição da Festa de Debutantes. As comemorações são uma parceria com o estilista Fernando Peixoto, a confeiteira Maria Amélia e o cerimonialista José Júnior.

Segundo a presidente da Abrace, Maria Angela Marini, a idade de 15 anos tem um simbolismo especial para as jovens, pois representa a transição da fase de adolescência para a idade adulta. “As meninas debutantes estão recebendo um belo presente, vivendo momentos que não esquecerão jamais. A ação solidária repercute no meio delas por um longo tempo, antes, durante e depois do evento”, afirma. A presidente explica que o fato das preparações terem sido iniciadas meses antes da festa, permite às jovens pacientes abstrair-se das dores dos tratamentos de câncer e hemopatias. “A nossa satisfação, que é também o sentimento das debutantes, é de plena alegria por poder comemorar com os familiares essa bela festa dos 15 anos”. salienta a presidente.

Uma das debutantes, Patielly Gomes, 15 anos, paciente com anemia falciforme, conta que faz tratamento na Abrace, desde os 5 anos. Na véspera do baile, ela contou que não conseguia se conter de tanta ansiedade. “A preparação começou no final do mês passado, eu gostei muito do que eles estão fazendo por nós. O que eu mais estou aguardando são as fotos”, comenta.

A assistida informa que teve muitas festas de aniversário, mas nunca uma desse tamanho. “As festas eram sempre eu e minha família com uma bolinho. Desta vez eu vou convidar colegas, mais familiares, como eu nunca tinha feito antes. Acho que é por isso que estou muito nervosa”, completa.“Eu escolhi um vestido azul e longo, eu nem precisei experimentar outras roupas. Quando eu coloquei aquele vestido, eu me senti perfeita e me enchi de alegria. Fiquei ainda mais ansiosa para a festa chegar”, concluiu Patielly.


Motivação


Renata de Figueiredo, mãe Rihana Figueiredo, de 15 anos, que possui anemia falciforme, conta que sua filha está muito empolgada para a chegada da festa. “Nada no mundo paga essa felicidade dela. Ela ficou radiante, é o sonho de toda menina ter uma festa dessa e, como a gente não tem condições, receber uma festa dessa é muito luxo”, descreve Renata.

A mãe conta que a festa serviu como motivação para as lutas diárias contra a doença. “Semana passada ela estava internada, eu falei para ela que teria a festa. Vamos se animar, vamos, vamos… Foi aí que ela encontrou forças. Ficou 10 dias internada”, relata.

Para escolher o vestido Rihana teve um pouco de dificuldade, pois não estava encontrando um do seu agrado. Mas, depois de alguns testes, ela conseguiu achar a roupa perfeita. “No dia que fomos na Maria Amélia, ela não aproveitou muito pois ela já estava tendo crises de dores, então ela comeu só um pouquinho, mas adorou. Agora, como ela está melhor, vai conseguir aproveitar os doces e os salgados”, disse a mãe da jovem.

Renata fala que sempre comemora o aniversário de Rihana, mas nunca com tanta pompa. “Nós estamos todos ansiosos e felizes por ela ter essa oportunidade e, porque ela é muito merecedora, uma menina maravilhosa. O que a Abrace vem proporcionando para nossas meninas é muito gratificante, nós só temos a agradecer a Deus e muito a todos que estão envolvidos nesse grande evento”, expressa.

Abrace

A Abrace está há 37 anos no combate ao câncer, sempre contando com o apoio da população de Brasília e da comunidade científica. A entidade, ao longo deste tempo, conseguiu colaborar para a diminuição da desistência do tratamento de 28%, para 0%. Além de colaborar com o aumento das chances de cura da doença que antes era de 50% e passou a ser de 70% dos casos diagnosticados.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida. 

 

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    Um dia de princesa para verdadeiras guerreiras Divulgação
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