Na madrugada desta sexta-feira (6/10), adolescentes da Unidade de Internação de São Sebastião iniciaram um princípio de motim e atearam fogo em colchões em dois módulos. Este é o segundo ato de rebelião registrado na unidade em menos de uma semana. O Correio apurou que o Grupo de Ações Operacionais dos agentes socioeducativos foi acionado para conter os menores infratores.
A confusão começou por volta de 0h, quando adolescentes de dois módulos atearam fogo nas espumas do colchão. Vídeo obtido com exclusividade pelo Correio mostra a situação dos corredores que dão acesso aos quartos. Não há informações se há feridos. Por volta de 1h, os menores infratores conseguiram expandir a rebelião para o terceiro módulo.
Outro caso
Na noite de domingo, a unidade de São Sebastião foi alvo dos adolescentes. Os menores colocaram fogo nas espumas de colchão e em roupas. Ao menos dois socioeducandos ficaram feridos e sofreram queimaduras de segundo grau no rosto e nas mãos.
Por volta das 23h45 de quinta-feira (5), agentes socioeducativos escutaram barulho de pancadas vindo de uma das portas nos alojamentos do corredor. Em um dos alojamentos, os policiais encontraram diversas espumas de colchão e perceberam sinais de fumaça e fogo no interior do quarto. Os agentes solicitaram apoio via rádio dos plantonistas e perceberam que outras espumas em chamas estavam sendo arremessadas para outros dois quartos do corredor.
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O interno suspeito teria resistido ao comando dos agentes e resistido ao uso de algemas, sendo necessário o uso de spray para conter o menor. Os outros socioeducandos foram retirados dos alojamentos algemados e levados à área de convivência de módulo para impedir qualquer fuga. Ao ser questionado pelos servidores, o adolescente suspeito de atear fogo nos colchões confessou o crime e afirmou que tinha a intenção de “puxar” um motim.
Os dois menores responsáveis foram encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente e, em seguida, levados ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde foi constatado as queimaduras de segundo grau. Devido à falta do serviço de enfermaria na unidade, não foi possível fazer o exame chamado “mapa de lesão”.
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