O blogueiro Wellington Macedo, um dos três condenados por tentar explodir uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado, será ouvido nesta quinta-feira (5/10) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF).
Preso em uma operação conjunta da polícia paraguaia com a Interpol, no mês passado, o blogueiro prestará depoimento na condição de testemunha e tem como por obrigação comparecer à oitiva. Apesar disso, ele pode ficar em silêncio. A defesa de Wellington não protocolou nenhum habeas corpus.
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A liberação do blogueiro, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. É a segunda vez em que Wellington estará de frente com parlamentares. Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, o bolsonarista preferiu ficar em silêncio.
Prisão e condenação
Wellington estava foragido desde dezembro do ano passado. De acordo com a Polícia Civil (PCDF), ele e Alan Diego dos Santos Rodrigues deixaram um artefato explosivo em um caminhão-tanque. O blogueiro frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército antes de tentar explodir o aeroporto, e estava hospedado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Dois dias após o plano dar errado, ele rompeu a tornozeleira eletrônica.
Antes de ser preso, a última informação era de que Wellington estava no Paraguai e tentou se credenciar para posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, em agosto. O pedido foi negado pelo governo paraguaio, após o governo brasileiro ter avisado sobre a possível presença de Wellington.
O blogueiro era procurado pela PCDF, no caso da bomba, e pela PF, sobre os atos de tentativa de invasão da sede da corporação, em 12 de dezembro do ano passado. Em agosto, ele foi condenado a seis anos de prisão, em regime fechado, pela 8ª Vara Criminal de Brasília.
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