Preso apontado como o líder de uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro, Cícero da Silva Oliveira, conhecido como “Padrinho”, teve o esquema milionário ilícito revelado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na segunda fase da operação Padrino, desencadeada na manhã desta quinta-feira (5/10).
Investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) cumprem 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Sorocaba (SP), São Paulo (SP), Pau dos Ferros (RN), Arapiraca (AL), Salvador (BA), Anápolis (GO) e Aragarças (GO).
Cícero foi preso em maio deste ano, no âmbito da primeira fase da operação Padrino Il. As investigações, no entanto, continuaram e, neste novo capítulo, os policiais direcionaram o foco para uma complexa teia financeira. O desdobramento se dedicou primordialmente a seguir o "rastro do dinheiro" lavado para facções, mapeando minuciosamente as movimentações financeiras para decifrar a origem e destino.
A PCDF descobriu que um dos principais operadores financeiros da organização criminosa se utilizou, entre 2020 e 2023, de 12 empresas fantasmas. Os estabelecimentos de fachada serviram como instrumentos para a lavagem de dinheiro e também para a aquisição de entorpecentes nas regiões de fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
De 2021 a maio de 2023, as empresas investigadas receberam aproximadamente R$ 4 milhões do Comboio do Cão. No entanto, apurou-se que as mesmas empresas serviam a um gigantesco esquema de âmbito nacional, pois movimentaram cerca de R$ 170 milhões entre 2020 e 2023.
A Cord identificou que tais empresas foram formalmente registradas em diversas cidades, incluindo São Paulo, Sorocaba, Avaré (SP), Goiânia, Anápolis e Mossoró (RN). Além dos mandados de busca, houve o bloqueio e sequestro de valores de contas bancárias pertencentes a 12 empresas e 21 pessoas físicas, todos implicados neste esquema de lavagem de dinheiro.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br