GREVE

Entenda o que levou entregadores de aplicativo a entrarem em greve no DF

Greve teve início nesta sexta, e deverá se estender até domingo à noite. Motoboys pedem regulamentação da categoria, mas cobram que valores a serem pagos deveriam ser mais justo

Os motoboys que prestam serviços para diversas plataformas de delivery têm reivindicado melhores salários e condições de trabalho. Sem acordo com o governo federal e com os representantes das plataformas (iFood, Rappi, Zé Delivery, entre outros), os entregadores entraram em greve nacional, nesta sexta-feira (23/9), em várias regiões do país, incluindo o Distrito Federal.

É esperado que a paralisação se estende por três dias. Ou seja, sexta, sábado (30/9) e domingo (1/10). O presidente da Associação dos Motofretistas Autônomos do Distrito Federal (Amae-DF), Alessandro Sorriso, disse que todos os entregadores estão revoltados com a proposta de regulamentação proposta pelo governo federal. “O próprio iFood fala que paga R$ 23 por hora trabalhada, mas o governo quer bater o martelo para ser R$ 17. No entanto, estamos batalhando para que seja R$ 35. Existe uma discrepância enorme entre os dois valores. A proposta do governo é inaceitável”, disse.

“Vamos nos concentrar no ponto de apoio do iFood aqui em Brasília, assim como os entregadores farão o mesmo em outras cidades, como Bahia, São Paulo, entre outros”, completou, à reportagem.

Os representantes dos entregadores que integram o grupo de trabalho reivindicam que empresas de aplicativo paguem uma tarifa mínima de R$ 35,76, por hora trabalhada. No entanto, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e o governo federal tentam negociar um valor de R$ 17 por hora efetivamente trabalhada.

Greve

O Correio mostrou que os motoboys e entregadores de aplicativo já estavam preparando a paralisação, desde setembro, exigindo melhorias de trabalho, além da aplicação de um valor maior por hora trabalhada dentro do aplicativo. A regulamentação é alvo que a categoria também pedia.

Atualmente, há 1,6 milhão de entregadores em todo o Brasil, o que faz com que a categoria se estabeleça como uma das maiores do país. Somente no Distrito Federal, há cerca de 30 mil profissionais.

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