Os aneurismas apresentam uma mortalidade de até 40% em seu estado mais grave. A informação foi trazida ao CB Poder de hoje (28/9) — programa realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília — pelo neurocirurgião Victor Hugo Espíndola. Em entrevista à jornalista Carmen Souza, o profissional discute as estratégias possíveis para evitar as doenças que acometem o sistema circulatório. Além dos exames de rotina, Victor explica os tratamentos e a relação entre a saúde vascular do cérebro com a do coração.
É chamada de aneurisma a dilatação anormal de vasos sanguíneos na região cerebral, o que pode ocasionar rompimento e hemorragia. Dentre os perigos dessa doença estão a perda de controle corporal pelo paciente ou a morte. Em casos mais leves, as sequelas incluem déficit de memória e dores de cabeça intensas. “A minoria de pessoas que têm um quadro grave como esse saem com a vida normal. Quando o aneurisma rompe, é uma doença muito grave, por isso que a gente tem que fazer todo o esforço de diagnosticar e tratar antes da ruptura”, detalha.
O caso AVC isquemico, em que há apenas a obstrução arterial, o tempo máximo para desobstruí-la com medicação venosa, sem perigo à saúde, é de 4 horas e meia. O rompimento do canal sanguíneo é chamado de aneurisma roto. Nessa situação, é necessário realizar o procedimento de cateterismo o mais rápido possível, sendo 6 horas o tempo ideal. Segundo Espíndola, “a principal complicação desse aneurisma que sangrou é o seu ressangramento. Cada vez que sangra, aumenta mais a mortalidade e a gravidade do quadro”.
Para evitar as complicações, o neurocirurgião recomenda regularidade nos exames de rotina. “Hoje temos exames não invasivos muito bons que não fazem nenhum mal ao paciente e trazem informações muito importantes. Se você conseguir fazer esse exame, diagnosticar esse aneurisma e tratá-lo, você consegue evitar problemas muito graves”, orienta.
Assim como o aneurisma, enfermidades que afetam o coração também são doenças cardiovasculares. Dessa forma, os fatores de risco para o AVC também representam risco de infarto. “Os fatores de risco são os mesmos, porque a fisiopatologia, o mecanismo da doença, é o mesmo. Então, fatores de risco como pressão alta, diabetes, colesterol, obesidade, tudo isso, vai levar a um defeito das artérias”. Pela análise de Victor Hugo, ambas recaem sobre o mesmo contexto. “A gente tem que prevenir as doenças cardiovasculares, que são as principais causas de óbito hoje”, defende.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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