Violência

Frequentadores do Parque de Águas Claras estão preocupados com a segurança

Após um idoso ter sido esfaqueado durante assalto na área, segunda-feira, muita gente tem pedido por mais policiamento nos espaços, sobretudo à noite

Frequentadores do Parque Ecológico de Águas Claras foram pegos de surpresa com episódio de violência ocorrido segunda-feira, quando um senhor de 69 anos foi esfaqueado no local, durante um assalto. Ele foi socorrido e levado estável para o hospital. Ao Correio, o delegado Josué Ribeiro, da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), afirmou que instaurou inquérito e que uma das linhas fortes da investigação é latrocínio tentado, porém, ainda há poucos elementos no registro. O idoso está fora de perigo.

Desconfiança

Na tarde de ontem, o clima no parque era de desconfiança. O empresário Gianini de Carvalho, 33, por exemplo, ficou intrigado com a quantidade de vezes que a polícia passou em frente ao quiosque onde tomava uma água de coco. "Pela primeira vez, vejo uma viatura rodando aqui dentro", confessou. No geral, Carvalho considera o ambiente tranquilo e o frequenta pelo menos três vezes na semana para praticar exercícios. Mas reconhece que "apesar da calmaria, seria importante ter mais policiamento". 

Eudes do Carmo, 59, revelou nunca ter presenciado qualquer situação atípica no local e, ao saber da tentativa de latrocínio, mostrou-se bastante surpreso. "Vou ficar mais atento a partir de agora", disse. Ele se exercita todos os dias no espaço, que considera seguro e agradável. "De toda forma, se tivéssemos uma viatura policial aqui dentro seria bem melhor", ponderou.

Outros casos

Letícia Mouhamad/CB/D.A Press - O Parque Ecológico de Águas Claras funciona todos os dias até às 22h

Já o vendedor Thierry Huerik, 19, recordou que, nos três meses em que está trabalhando em um quiosque no parque, ficou sabendo de cinco casos de furtos, mais o episódio de violência ocorrido recentemente. "À medida que vai escurecendo, vai ficando mais perigoso, com a presença de usuários de drogas", contou. As amigas Júlia Caroline e Maria Luísa Gonçalves, ambas de 16 anos, relataram gostar do parque, mas confessaram não se sentir seguras para frequentá-lo sozinhas ou à noite. "Longe da área mais central, é muito escuro e não há vigilância", completou Júlia.

Em nota, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informou que tem conhecimento das reclamações dos frequentadores do Parque quanto à insegurança e que a demanda foi encaminhada para conhecimento da Polícia Militar do DF juntamente com pedidos de reforço nas rondas.

"O Parque conta com postos fixos e motorizados de segurança patrimonial privados", disse, em nota, o instituto, ao acrescentar que está em andamento estudo para melhoria na iluminação do espaço.

Apuração

A PMDF relatou suspeitas de que adolescentes de outras regiões estejam se passando por pessoas em situação de rua para praticar crimes em Águas Claras. Segundo a corporação, o grupo tem sido monitorado e foi apreendido algumas vezes, mas as apurações continuam. A Administração Regional de Águas Claras informou que tem realizado tratativas junto à PM para reforçar o policiamento, e ressaltou que tem havido "eficiência na resolutividade das demandas".

* Colaborou Júlia Eleutério

 


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