Na manhã deste domingo (24/9), ocorreu a Caminhada da Memória, evento organizado pelo Coletivo Filhas da Mãe, que teve como objetivo conscientizar a população do Distrito Federal sobre as demências, seus sinais de alerta e como evitá-las. O encontro foi realizado na via W3 Sul, entre a 504 Sul e a 508 Sul, sentido Norte, entre as 8h e às 12h, e contou com atividades físicas, estímulo à memória, terapias integrativas, bordado, rodas de conversa e pickleball.
É o segundo ano consecutivo que o coletivo realiza o evento, em concomitância com o Setembro Roxo, mês de conscientização do Alzheimer e outros tipos de demência. De acordo com Cosette Castro, do Filhas da Mãe e uma das organizadoras da caminhada, essa questão tem se agravado com o envelhecimento populacional e atinge toda a família. “As demências mudam radicalmente a vida da pessoa enferma e também das cuidadoras familiares, que, por vezes, não sabem lidar com a doença e sofrem sobrecarga física e emocional”, contou.
Dirna Guimarães, 57, foi uma das participantes da caminhada. Ela segurava uma enorme faixa com a pergunta “como construir uma sociedade do cuidado?”, na qual foram costurados vários tecidos que tentavam responder à questão. A servidora pública e artesã faz parte do Coletivo Borda Luta, que tem como uma de suas pautas o estímulo ao cuidado mental pela arte manual. “É a minha primeira vez no evento e gostei muito. Precisamos chamar atenção para o assunto e acolher as pessoas que cuidam de quem adoece”, disse.
Entre os sinais de Alzheimer e de outras demências, pode-se citar: perda de memória que interfere na rotina; desafios em planejar ou resolver problemas; dificuldade em completar tarefas familiares em diferentes situações; confusão com tempo e lugar; dificuldade para compreender imagens visuais e relações espaciais; problemas com palavras na fala ou na escrita; mudança no humor e na personalidade; julgamento comprometido e afastamento do trabalho ou das atividades sociais.
Já os fatores de risco incluem sedentarismo, consumo de álcool e cigarro, obesidade, deficiências auditivas sem tratamento, diabetes, hipertensão, depressão, ferimentos na cabeça, contato social pouco frequente, baixo nível de escolaridade e poluição do ar.
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