Crime

Laudo de exame do IML confirma lesão sexual na vítima de dentista

A PCDF aguarda resultado do confronto genético que foi colhido do dentista Gustavo Najjar, 37 anos, após a prisão dele, no último dia 12 de setembro. O investigado foi denunciado por estupro por uma vítima

Um laudo feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), confirmou que a vítima do dentista Gustavo Najjar, 37 anos, apresentava lesão corporal contusa compatível com o crime sexual. Ainda segundo o documento, há a confirmação de conjunção carnal, atestando a presença de espermatozoides no material biológico colhido da vítima. O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).

O dentista, que é especialista em harmonização facial, está preso desde o dia 12 de setembro, acusado de ter estuprado uma paciente, no próprio consultório, localizado no Conjunto Nacional, shopping localizado na área central de Brasília. A vítima de 33 anos denunciou o dentista após uma consulta com ele em que teria sido forçada a manter relação sexual. Ele foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enquanto chegava para trabalhar.

O laudo do exame de corpo de delito foi apresentado nesta semana. Segundo a polícia, outro exame, realizado nas roupas da vítima, também detectou a presença de espermatozoides no material biológico localizado. Os dois materiais biológicos foram encaminhadas para o Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA/PCDF) e serão confrontados com o material genético que foi colhido do investigado após a prisão dele.

Ainda de acordo com a PCDF, o exame realizado para confronto genético do material biológico colhido nas vestes da vítima deve ser apresentado até o final desta semana. Já o laudo de confronto genético do material biológico colhido da vítima deve ser apresentado na próxima semana.

Além do inquérito de estupro pelo qual já estava sendo investigado após a denúncia da vítima, os policiais da 5ª DP instauraram outros dois inquéritos contra Gustavo Najjar. O primeiro é para apurar um crime de estupro de vulnerável, que teria ocorrido em 2020. Já o segundo investiga a prática do crime de importunação sexual que teria sido praticado um dia antes da prisão do dentista. As penas para estes três crimes podem chegar a 30 anos de reclusão.

Outro crime foi registrado contra o investigado. No entanto, por ter sido cometido em Fortaleza, as informações serão remetidas à Polícia Civil do Estado do Ceará. A PCDF ainda procura por outras vítimas do dentista Gustavo Najjar e solicita que as denúncias sejam realizadas diretamente na 5ª DP ou por meio do prefixo 197.

Relembre o caso

Gustavo Najjar foi preso no último dia 12 de setembro, enquanto chegava para trabalhar, após a denúncia de estupro. De acordo com a PCDF, a vítima, de 33 anos, conheceu o dentista nas redes sociais, e teria ido ao consultório dele para fazer uma avaliação de um procedimento de harmonização facial.

No local, após a vítima contar que realizou algumas cirurgias estéticas, o dentista teria pedido para que ela retirasse a roupa, para que ele pudesse avaliar. Acreditando na boa fé do profissional, a vítima deixou o dentista analisar o corpo. No entanto, o criminoso, quando estava olhando para os glúteos dela, disse que precisava “testar a sua sensibilidade”, e desferiu um tapa.

A vítima relatou aos agentes que ficou totalmente desconfortável com a situação, e relatou que precisava ir embora. Nesse momento, Gustavo a agarrou e a forçou a manter relação sexual. A mulher tentou se desvencilhar, dizendo que queria ir embora. Ela relatou ter gritado, mas o criminoso puxou a vítima, tendo rasgado sua calça e afirmado que ninguém a escutaria, pois não havia mais ninguém no consultório.

Em pânico, a vítima contou que não conseguiu mais resistir e o autor consumou a prática sexual. Após o estupro, o dentista voltou a conversar com a vítima sobre os procedimentos estéticos, como se nada tivesse acontecido. Em choque, ela conseguiu ir embora e encontrou o ex-marido e a filha, que aguardavam por ela no shopping.

No caminho de casa, ela relatou o que tinha ocorrido ao ex-marido. Em seguida, ambos foram até a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), para o registro da ocorrência contra o dentista. Após a divulgação do caso, ao menos outras três mulheres procuraram a PCDF para denunciar o dentista.

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