A ala no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), que oferece serviço às pessoas com fissuras labiopalatinas, condição conhecida popularmente como "lábio leporino", receberá habilitação do Centro de Assistência do Ministério da Saúde (MS). O anúncio foi feito pelo pelo ministro da Saúde interino, Swendenberger Barbosa, em visita ao Hospital.
A unidade com foco em fissuras recebe pacientes de todo o país para o tratamento multidisciplinar à reabilitação dos pacientes. “Hoje viemos conhecer um serviço extraordinário desenvolvido aqui no Distrito Federal. Parabéns a toda equipe, esse serviço é feito por uma equipe multiprofissional, são 17 pessoas entre as diversas especialidades que atuam juntos para poder dar dignidade a crianças que nascem com uma deformação”, disse o ministro em exercício.
A estimativa é de que uma a cada 650 crianças nascidas no Brasil tenha a condição. Hoje em dia, a área de atendimento a fissuras do HRAN realiza, em média, 300 atendimentos por semana e tem 1,5 mil pacientes cadastrados para acompanhamento contínuo.
Barbosa disse que aguarda, para os próximos dias, o envio da documentação do HRAN para a habilitação do serviço junto ao Ministério da Saúde. Esse processo atesta as condições da unidade como um Centro de Assistência ao paciente com fissura labiopalatal na Alta Complexidade.
Os protocolos clínicos para pessoas com as fissuras labiopalatinas tratam como essencial a oferta de atendimento multidisciplinar. São necessárias consultas com especialistas de diversas áreas como pediatra, enfermeiro, cirurgião plástico, ortodontista, dentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, assistente social, cirurgião bucomaxilo e odontopediatra.
No Brasil existem 30 estabelecimentos com esse selo e mais da metade se encontra na região Sul e Sudeste, sendo que apenas um está no Distrito Federal: a rede Sarah. Esta deve ser a segunda habilitação do tipo em 2023, ao lado do Hospital Infantil Varela Santiago, no Rio Grande do Norte.
Em nota, a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, falou sobre a importância da habilitação para ampliar os atendimentos. “Com essa habilitação vamos poder ter todo o apoio, custeio e o investimento real do Ministério da Saúde para que possamos fazer essa ampliação tão sonhada há mais de dez anos nos serviços, dando melhor condições de trabalho e ambiente para que possamos cuidar de mais cidadãos e cidadãs brasileiros. Meu muito obrigada em nome de toda a equipe do HRAN que trabalha com as fissuras labiopalatinas”, avaliou.
O projeto do HRAN, tenta concentrar os atendimentos com diferentes profissionais em um único dia, o que reduz os gastos com transporte público e aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento.
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