Atos antidemocráticos

Presidente da CPI do DF vai propor convocação de blogueiro preso no Paraguai

Presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante vai propor a convocação de Wellington Macedo, preso no Paraguai nesta quinta. Ele é o único dos envolvidos do caso da bomba no Aeroporto que ainda não prestou depoimento

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, Chico Vigilante (PT), vai propor a convocação do blogueiro Wellington Macedo, preso em uma operação conjunta da polícia paraguaia e Interpol, nesta quinta-feira (14/9) no extremo leste do Paraguai.

Ao Correio, o petista disse que os outros dois comparsas de Wellington na tentativa de explodir um carro-tanque nas proximidades do Aeroporto de Brasília já foram ouvidos. “Vou propor a convocação dele, porque ele é um dos envolvidos. O requerimento estará em pauta na próxima reunião”, disse, à reportagem.

Nos desdobramentos da CPI, são investigados os atos antidemocráticos de 12 de dezembro e 8 de janeiro. Nos mandados de prisão em abertos contra Wellington, sendo um da PF e outro da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), um deles é referente também a tentativa de invasão à sede da PF.

Alan Diego dos Santos e George Washington foram ouvidos pela CPI, em 29 de junho. Wellington será apresentado à Polícia Federal ainda nesta quinta, para retorno ao Brasil para cumprimento da pena.

Prisão

O blogueiro Wellington Macedo foi localizado pelos agentes nas proximidades da governadoria do Alto Paraná, extremo leste do Paraguai. De acordo com informações obtidas pelo Correio, o condenado pela tentativa de explodir uma bomba não se rendeu facilmente à polícia. Ele foi apresentado à delegacia com manchas de sangue e lama pela roupa.

A informação da prisão de Macedo inicialmente foi dada pelo portal G1 e confirmada por fontes policiais ao Correio. Wellington estava foragido desde 5 de janeiro, após ter a prisão decretada pela Justiça. Além de Wellington, outros dois foragidos do governo brasileiro foram detidos e serão entregues à Polícia Federal ainda nesta quinta.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele e Alan Diego dos Santos Rodrigues deixaram um artefato explosivo em um caminhão-tanque. Wellington frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército antes de tentar explodir o aeroporto, e estava hospedado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Dois dias após o plano dar errado, ele rompeu a tornozeleira eletrônica.

Antes de ser preso nesta quinta, a última informação era de que Wellington estava no Paraguai e tentou se credenciar para posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, no mês passado. O pedido foi negado pelo governo paraguaio, após o governo brasileiro ter avisado sobre a possível presença de Wellington.

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