Na celebração de 63 anos do Hospital de Base, nesta terça-feira (12/9), o governador Ibaneis Rocha (MDB) destacou a importância da unidade para o Distrito Federal e ressaltou que o governo segue trabalhando para a ampliar a rede pública de saúde. O Tribunal de Contas do DF deve votar, nesta quarta-feira (13/9), a liberação para a construção de novos hospitais. O chefe do Executivo local falou também que o governo vai recorrer da decisão da Justiça sobre a derrubada de casas sem licença do Assentamento 26 de Setembro.
Ibaneis avaliou que o governo vai trabalhar muito pela saúde pública do DF, destacando a votação no Tribunal de Contas para a liberação da construção dos hospitais que estão sendo projetados. “Vamos ampliar ainda mais a nossa rede no Distrito Federal, aumentando os espaços físicos, mas ampliando também o pessoal para que a gente possa levar mais saúde para toda a população”, comentou.
Segundo a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, são três hospitais novos: Hospital do Recanto das Emas, Hospital Ortopédico no Guará e Hospital de São Sebastião, além do Hospital Oncológico que está em construção. “Todos estão com os projetos em andamento e com emendas parlamentares para o ano de 2023 e garantido para 2024. Nós vamos colocar a licitação logo que houver essa liberação por parte do Tribunal de Contas com esses apontamentos e vamos colocar essa licitação no mercado”, ressaltou. A previsão de tempo de construção é de 18 a 24 meses.
Hospital de Base
No 63° aniversário do Hospital de Base, Ibaneis destacou que a unidade hospitalar é uma das principais não só do Distrito Federal, mas do Centro-Oeste. Na oportunidade, o governador ressaltou a importância da parceria entre a Secretaria de Saúde do DF e o Iges-DF, responsável pela administração do hospital. “Isso tem proporcionado uma melhoria no atendimento, uma ampliação do número de leitos, a melhoria de várias áreas, como é o caso da oncologia, onde conseguimos zerar a fila da oncologia”, comentou.
O governador enfatizou também a parceria feita entre a saúde pública do DF e os hospitais privados para a realização das cirurgias eletivas que ficaram represadas por conta da pandemia. “Isso tudo vem desafogando o sistema, dando condições para que a gente possa se estruturar no atendimento à comunidade. Nós sabemos que ainda existem muitas dificuldades. O SUS é único quase que no mundo e ele faz com que a gente tenha que ter um esforço muito grande no atendimento a população, mas a gente vem dando conta de realizar isso com êxito”, avaliou.
No discurso, Ibaneis recordou de memórias afetivas com o Hospital de Base. O governador nasceu no local e a mãe dele era auxiliar de enfermagem na unidade. “Durante a minha infância, nos dias que não tinha como ficar na escola, minha mãe me trazia. Ela trabalhava na psiquiatria e eu ficava lá brincando com os doidinhos melhores”, disse. “Acho que é por isso que vem um pouco da minha loucura de trabalhar mais pela população”, completou.
Regularização
Questionado sobre a decisão da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF que condenou o governo local a derrubar casas sem licença do Assentamento 26 de Setembro, Ibaneis disse que vai recorrer na Justiça. “A área da 26 de Setembro não é mais como quando foi proposta aquela ação judicial. Fizemos a separação da área por uma Lei Federal que foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro”, comentou.
O governador destacou, ainda, o processo de regularização da área e o projeto urbanístico que está na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh-DF) para que seja feito. “Essa decisão da derrubada vem em um momento inoportuno, porque ela pega de frente com o nosso processo de regularização que está avançando bastante. Só faz com que a população daquela região fique cada vez mais assustada com essas decisões que vem em momentos indevidos. Mas, de qualquer modo, nós vamos continuar trabalhando no sentido da regularização e na fiscalização, porque nós trabalhamos também para que não tenhamos novas invasões”, concluiu Ibaneis.