Tecnologia

Velozes e internacionais: startup brasiliense faz sucesso no exterior

Mesmo nova no mercado, a startup brasiliense Leadfy foi selecionada, entre mais mil empresas do mundo, para um dos melhores programas de aceleração em inovação e tecnologia globais, no Canadá

Pela primeira vez, uma startup brasiliense está participando de um programa de aceleração global. A empresa Leadfy, que atua no setor automotivo, passou por um rigoroso processo seletivo pelo Techstars Toronto no Canadá — um dos mais renomados e melhores programas de aceleração do mundo. E figura na lista das 24 que foram selecionadas entre 1.600 startups, todas ligadas à inovação e tecnologia.

O programa de aceleração começou em 10 junho e vai até 30 de setembro, sendo três meses de imersão e contato com mentores, CEOs globais e uma rede de parceiros corporativos, para moldar melhor o negócio. A Leadfy recebeu US$ 120 mil de investimento da Techstars Toronto, que avaliou a startup em cerca de US$ 3 milhões.

As mentes brilhantes por trás da startup de sucesso é do brasiliense Aurélio Araújo e dos goianos Alfredo Moreira e Eldon Clayton, que eram professores de ensino médio e de um cursinho pré-vestibular, em 2010, e decidiram deixar tudo para trás para mergulhar de cabeça no empreendedorismo. De acordo com Aurélio, a receita da empresa aumentou em 25% desde o início do programa.

Mas, a realidade atual, um dia foi apenas um sonho. A startup nasceu este ano, com a proposta de ajudar lojas e concessionárias a gerarem novos clientes e, consequentemente, vender mais carros. Na prática, o negócio utiliza inteligência de dados para impulsionar a aquisição e qualificação de leads, permitindo que os revendedores se concentrem apenas em fechar os negócios.

Para Aurélio Araújo, participar de um programa de aceleração significa o reconhecimento de um trabalho árduo. “Isso mostra que estávamos produzindo tecnologia de qualidade no Brasil. Ainda mais em Brasília, que é uma cidade que gira em volta do serviço público. A gente vem mostrando que é possível ir além disso”, conta. O sócio Eldon Clayton acredita que participar desse programa é a prova que empreender pode mudar vidas. "Assim como mudou a minha", pontua. 

Trajetória

Os três professores, além de partilharem a sala de aula, dividiam um apartamento. E era depois do expediente que pensavam em novas oportunidades para o futuro. O primeiro negócio que abriram juntos foi uma plataforma de Educação à Distância (EAD) e redes sociais para o ramo educacional. O escritório da C7, nome da empresa, era o apartamento onde moravam em Águas Claras e o trabalho era realizado, na maioria das vezes, à noite, após darem em média 40 aulas semanais.

Em 2018, os três já haviam abandonado a sala de aula para se dedicarem 100% ao negócio, que migrou para um subsolo na Asa Norte. Nessa época, já atendiam diferentes clientes do marketing digital, inclusive algumas concessionárias de veículos. Mas, em 2020, decidiram mudar o foco da C7 para o mercado automotivo. E, neste ano, viram a necessidade de abrir mais uma empresa, a Leadfy, com foco na inteligência de dados digitais para empresas automobilísticas. E, mesmo tão nova, a startup tem mostrado que veio para ficar.

Aurélio conta que sempre houve uma veia empreendedora nos três. “Hoje, quando olhamos a nossa história, a gente vê que valeu a pena. Não tínhamos certezas, porque empreender é arriscar, mas, o que estamos vivendo hoje, a gente nem imaginava há 12 anos. Isso superou qualquer plano e expectativa, temos a certeza que tomamos a decisão correta”, relata.

Futuro

Para o futuro da recém e promissora startup, Aurélio vislumbra continuarem crescendo a base de clientes no Brasil e, nos próximos meses, darão operações com clientes canadenses e americanos. "Queremos começar a gerar receita em dólar e temos conversado com vários potenciais parceiros”, conta o sócio. "Queremos mostrar como os negócios e o empreendedorismo brasileiro têm relevância lá fora", conclui.

Programa de aceleração

Os programas de aceleração de startups são feitos por empresas que colaboram com o desenvolvimento de negócios que estão começando, ajudando a encontrar novos investidores e a moldar os objetivos da empresa. Além disso, a aceleradora colabora com mentorias, fornecendo conhecimentos importantes que podem auxiliar os gestores, e na construção de networking. 

C7/Divulgação - Para Aurélio Araújo, participar de um programa de aceleração significa o reconhecimento de um trabalho árduo.
Divulgação - Brasilienses comemoram sucesso em exposição com criação de startup. Na foto, Aurélio Araújo e dos goianos Alfredo Moreira e Eldon Clayton.
Conteúdo de divulgação - Startup brasiliense em programa de aceleração canadense

programa de aceleração

Os programas de aceleração de startups são feitos por empresas que colaboram com o desenvolvimento de negócios que estão começando, ajudando a encontrar novos investidores e a moldar os objetivos da empresa. Além disso, a aceleradora colabora com mentorias, fornecendo conhecimentos importantes que podem auxiliar os gestores, e na construção de networking.