A bolsonarista Wenia Morais Silva, foragida desde o ano passado, por ter tentado invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro de 2022, após a prisão do cacique José Acácio Tserere Xavante, se entregou nesta sexta-feira (29/9) à polícia paraguaia.
A informação foi dada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada por fontes policiais ao Correio. Wenia se apresentou na embaixada brasileira em Assunção, capital do Paraguai. Logo em seguida, a polícia acionou a PF. Ela já foi encaminhada ao posto imigratório do país vizinho, onde será trazida ao Brasil por Foz do Iguaçu e encaminhada para Brasília.
A bolsonarista estava foragida desde dezembro do ano passado, após ter o mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para capturar os bolsonaristas envolvidos nos atos de vandalismo no centro de Brasília daquele dia, foi deflagrada a Operação Nero, da PF em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Apesar disso, Wenia não foi localizada.
Wenia é ex-assessora do deputado estadual Renato Zaca (PL-RJ). Ela trabalhava no gabinete do parlamentar até agosto do ano passado.
Refúgio de bolsonaristas
Quando Moraes decretou a prisão de envolvidos na tentativa de invasão à sede da PF, outros nomes eram da operação conjunta das duas polícias. Entre eles, o taxista Alan Diego dos Santos e o blogueiro Wellington Macedo, envolvidos na tentativa de explosão do Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado. Enquanto Alan se entregou em Comodoro, no Mato Grosso, o blogueiro foi preso no extremo leste do Paraguai, em 14 de setembro.
Junto com ele, a polícia paraguaia e a Interpol prenderam outros dois bolsonaristas: a empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira e o radialista Maxcione Pitangui de Abreu. Segundo as autoridades do país vizinho, Wellington foi detido nas proximidades da governadoria do Alto Paraná. Resistiu à prisão, mas foi entregue à delegacia com manchas de sangue e sujo de lama.
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