Rio Quente (GO) — Apesar de a reforma tributária beneficiar a arrecadação do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) defende que é preciso debatê-la com os estados do Centro-Oeste, que preveem queda na receita com as mudanças.
A declaração foi feita na reunião do Consórcio Brasil Central, formado pelos estados do Centro-Oeste, Tocantins, Maranhão e Rondônia, nesta sexta-feira (29/9). O encontro ocorre em um resort de Rio Quente, no Goiás, para debater temas como a reforma tributária e o marco temporal.
"A gente tem certeza que essa reforma ainda não está pronta para ser votada. Estamos conversando com os senadores no sentido de ter o menor impacto nas contas", explicou Ibaneis a jornalistas ao chegar para o evento.
"A gente tem expectativa de aumento na arrecadação, mas isso tudo tem que ser debatido com os outros governadores. Não existe uma reforma que vai beneficiar um estado e prejudicar os outros", acrescentou.
Além de Ibaneis, estão presentes os governadores do Goiás, Ronaldo Caiado; do Mato Grosso, Mauro Mendes; do Mato Grosso do Sul; Eduardo Riedel; do Maranhão, Carlos Brandão; e do Tocantins, Wanderlei Barbosa. O governador de Rondônia, Marcos Rocha, não pôde comparecer. O Consórcio é presidido por Mauro Mendes.
Os estados do Brasil Central demonstram preocupação com o desenho atual da reforma tributária, que aumenta a tributação sobre o consumo, e diminui a tributação na fonte. Como são estados população menor, mas grande produção, a expectativa é de grande impacto negativo nas receitas. O DF, porém, tem a situação inversa, com grande população, grande consumo, e menor produção.
Ao fim do evento, os governadores assinaram uma carta com seus posicionamentos sobre a reforma, marco temporal e outras pautas.
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