O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), Chico Vigilante (PT), confirmou o depoimento de Ana Priscila Silva de Azevedo, apontada como uma das principais lideranças do acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O depoimento dela ocorrerá na manhã desta quinta-feira (28/9).
Ela foi presa pela Polícia Federal em 10 de janeiro, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ana Priscila se filmou durante a invasão, rindo e brincando com um companheiro sobre um carro da polícia estar sendo jogado em um dos espelhos d’água do Congresso Nacional.
“Ana Priscila Silva de Azevedo, apontada como a organizadora do plano de tomada dos Poderes, foi oficialmente convocada para prestar seu depoimento como testemunha na 27º reunião da CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF. O depoimento está marcado para amanhã (28), às 10h”, revelou o petista.
Ela é apontada como uma das organizadoras da invasão. A bolsonarista também era administradora de um grupo no Telegram, chamado de “A queda da Babilônia”, que contava com cerca de mais de 35 mil membros. Mesmo após os ataques, Ana Priscila seguiu com postagens em grupos de telegram. “Os caras armaram e colocaram tudo para cima de mim. Assassinaram minha reputação e não minha consciência", escreveu, na época.
Mudanças no calendário
A CPI pretende ouvir, no início de outubro, o blogueiro Wellington Macedo, condenado pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.
Macedo foi preso em uma operação conjunta da polícia paraguaia e a Interpol, no extremo leste do Paraguai, em 14 de setembro. Como o calendário havia sido definido em agosto, antes da prisão do blogueiro, a única modificação foi a inclusão do jornalista, que sentará na cadeira de investigados da CPI, em 5 de outubro.
O major do Exército José Eduardo Natale Pereira, flagrado por câmeras de segurança distribuindo água e conversando com invasores no Palácio do Planalto, no 8/1, será ouvido em 9 de outubro. Depois, em 19 de outubro, será a vez do major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Cláudio Mendes dos Santos, apontado pela PF por estar ensinando táticas de guerrilha a bolsonaristas.
Por fim, no dia 26, é esperado que o coronel da PMDF, Reginaldo Leitão, preste depoimento. A oitiva do ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, antes em 19 de outubro, foi desmarcada.
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