A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (20/9), a Operação Casa Imprópria que cumpre mandados de busca e apreensão nas residências dos líderes da organização criminosa no Distrito Federal que fraudou contratos de financiamentos imobiliários da Caixa, causando um prejuízo de mais de R$ 7 milhões.
A investigação da PF foi iniciada, em junho de 2023, a partir de comunicação da Caixa que indicava a existência de um grupo criminoso em atuação no Distrito Federal com atuação na fraude em contratos de financiamento imobiliário. Já foram identificados 21 contratos que geraram um prejuízo superior a R$ 7 milhões à Caixa.
A PF está cumprindo quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos líderes da organização criminosa no Distrito Federal. Também foi decretado o bloqueio de bens dos investigados e estão sendo executadas medidas cautelares diversas da prisão em relação aos investigados, que deverão usar monitoramento eletrônico e estão proibidos de atuar como intermediários/corretores de imóveis.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato qualificado contra a Caixa, fraude em financiamento, falsificação de documento público, uso de documento falso e por integrar organização criminoso, sem prejuízo de outros crimes que possam ser identificados no decurso da operação.
A fraude
Segundo a polícia, a organização criminosa se utilizava da figura do “correspondente bancário” para criar processos de financiamento imobiliário fraudulentos, mediante a falsificação de documentação dos imóveis para a obtenção dos valores, assim como documentos falsos que comprovassem a renda dos proponentes. Ao ser creditado o valor do financiamento em conta dos vendedores, este valor era transferido para integrantes do grupo criminoso.
"A investigação segue em relação ao envolvimento dos compradores e vendedores dos imóveis no esquema criminoso, bem como quanto a existência de outros contratos fraudados pela organização", informou a PF em nota.
A Caixa também se posicionou:
"A CAIXA informa que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.
Quando identificados indícios de fraudes ou golpes, a CAIXA atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem tais ocorrências. As informações relativas a tais casos são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes para análise e investigação.
A CAIXA destaca, ainda, que possui estratégia, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas que visam mitigar o risco de segurança em seus processos e canais de atendimento."
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