O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, ironizou nas redes sociais o suposto romance vivido com o ex-assessor dele, Diego Pupe. O "04" publicou um story onde lê-se: “Se um dia me ver agarrado com um macho, pode ter certeza que é briga”.
Ao Correio, mais cedo, Diego deu detalhes sobre a suposta relação com o filho do ex-presidente, e afirmou que já teve um relacionamento amoroso com Jair Renan. "Ele foi em um evento meu e, logo em seguida, comecei a trabalhar com ele. Nunca recebi nenhum valor para exercer a função de assessor do Renan. Foi sempre algo de boa vontade minha", disse.
Com 211 mi seguidores no Instagram, Pupe interage bastante com as pessoas e não esconde ser homossexual e apoiador do ex-presidente. O ex-assessor cita que a relação de trabalho entre os dois [ele e Jair Renan] se encerrou em julho do ano passado, mas não quis explicar o motivo. Admite que, antes disso, os dois tiveram um relacionamento amoroso.
"Tivemos um ano de relacionamento amoroso, mas é algo que eu não quero expor muito. Desde a repercussão, ele não me procurou, porque sabe que o que vivemos foi real", disse à reportagem. "Caso venha a público desmentir, posso comprovar tudo o que estou dizendo. Tenho prints, mensagens, tudo que possa quebrar a narrativa dele, mas precisaria consultar minha assessoria jurídica", complementou.
Depoimento à PCDF
O ex-assessor também prestou depoimento, nesta quinta-feira (14/9), à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Por mais de duas horas, ele ajudou os investigadores sobre a operação Nexum, que teve Jair Renan como alvo, em 24 de agosto. “Contribuí com muitas perguntas feitas pelos delegados, e respondi de forma positiva o que eu sabia. Foi um longo depoimento, com pouco mais de duas horas. Espero tê-los ajudado, mas não posso contar porque é sigiloso”, relatou.
De acordo com as investigações, a operação, que mirou um esquema de estelionato, apura crimes contra a fé pública e associação criminosa, tendo como principal alvo Maciel Carvalho, que é ligado à família Bolsonaro e chegou a advogar para Jair Renan. Carvalho chegou, inclusive, a registrar um boletim de ocorrência em nome de Renan quando a casa em que ele morava, no Lago Sul, foi pichada.
Para despistar as autoridades, foi criada a identidade de Antonio Amancio Alves Mandarrari. Essa identidade, segundo a polícia, foi responsável por abrir contas bancárias para que fosse configurada como proprietária de pessoas jurídicas, na condição de "laranja".
Os investigados teriam forjado faturamento e outros documentos de empresas na mira da polícia, utilizando dados de contatos sem o consentimento deles, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade, além de manter movimentações financeiras, inclusive com envios de valores para o exterior. Maciel Carvalho segue preso, no Complexo Penitenciário da Papuda.
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