CAPTURA

Blogueiro encontrado quinta-feira no Paraguai está preso na Papuda

Macedo e outros dois foragidos, condenados por atos antidemocráticos, foram encontrados pela polícia do Paraguai e pela Interpol na quinta-feira

Wellington Macedo e Maxcione Pitangui quando capturados -  (crédito: Reprodução)
Wellington Macedo e Maxcione Pitangui quando capturados - (crédito: Reprodução)
postado em 16/09/2023 06:00

O blogueiro Wellington Macedo, condenado por tentar explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado, chegou à capital, na tarde de ontem, após ter sido detido pela polícia paraguaia e pela Interpol, no extremo leste do Paraguai, na quinta-feira. Agora, além dele, todos os envolvidos no episódio estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda.

Segundo as autoridades do país vizinho, Wellington foi detido nas proximidades da governadoria do Alto Paraná. Resistiu a prisão, mas foi entregue à delegacia com manchas de sangue e sujo de lama.

Outros detidos

Além do blogueiro, outros dois foragidos da Justiça brasileira foram detidos pela polícia paraguaia e entregues à Polícia Federal.

 

O radialista Maxcione Pitangui de Abreu e o blogueiro da bomba Wellington Macedo foram presos no Paraguai, na quinta-feira (14/9)
Maxcione e o blogueiro da bomba Wellington Macedo (foto: Reprodução)

Foram eles: a empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira e o radialista Maxcione Pitangui de Abreu. Os dois embarcaram em um avião da Polícia Federal, no Paraguai, rumo à Foz de Iguaçu (PR), junto com Wellington. Depois, o trio desembarcou em Brasília.

Diferente dos outros dois acusados, que tinham apenas um mandado de prisão em aberto e que agora também estão presos, Wellington era alvo de duas ofensivas da Justiça brasileira.

Ele era procurado pelo caso da bomba e também por conta dos atos realizados como tentativa de invasão à sede da PF, em 12 de dezembro do ano passado.

Condenação

Wellington foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicialmente fechado, além de multa. Seus outros comparsas, Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa, já estavam detidos e cumprem pena na Papuda.

De acordo com as investigações da Polícia Civil do DF (PCDF), Wellington dirigiu o carro e Alan deixou a bomba em um caminhão-tanque. O dispositivo chegou a ser acionado, mas falhou. Enquanto George foi preso na madrugada do Natal, Alan se entregou em 17 de janeiro, em Comodoro (MT).

Antes de estar envolvido no caso da bomba, o blogueiro trabalhou no então Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, comandado pela ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Acumulou, ao longo de oito meses no cargo, cerca de R$ 82 mil em salários.Mediante consulta ao Portal da Transparência, o Correio constatou que Wellington também requereu e recebeu cinco parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, em 2020.

 


  • Maxcione e o blogueiro da bomba Wellington Macedo
    Maxcione e o blogueiro da bomba Wellington Macedo Foto: Reprodução
  • A empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira também foi detida no Paraguai
    A empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira também foi detida no Paraguai Foto: Reprodução
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