Crime

Lavagem de dinheiro: Polícia Federal cumpre mandados no DF

Operação apura atos de lavagem de dinheiro de um montante que chega a R$ 300 milhões. Mandados de busca, apreensão e prisão estão sendo realizados no DF, GO, SC, MS, PR, RS, SP e ES

PF mira grupo por fraudes que podem ter lesado 60 mil pessoas -  (crédito: Polícia Federal)
PF mira grupo por fraudes que podem ter lesado 60 mil pessoas - (crédito: Polícia Federal)
Correio Braziliense
postado em 13/09/2023 11:37 / atualizado em 13/09/2023 11:45

A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (13/9), 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em endereços localizados no Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo. A investigação que culminou nesta operação, denominada Yang, foi iniciada em agosto de 2022 e apura atos de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 300 milhões, obtidos a partir de crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos da América, no Brasil e em outros países.

Foram mobilizados mais de 100 Policiais Federais para cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, em endereços localizados no DF, GO, SC, MS, PR, RS, SP e ES. Também estão sendo executadas diversas medidas cautelares diversas da prisão e ações de constrição patrimonial.

As apurações tiveram início a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que apontavam que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.

Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.

Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília/DF e Goiânia/GO e Caldas Novas/GO.

Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalização do grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos.

As apurações contaram com a colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, no DF, em cooperação policial mantida entre as autoridades brasileiras e norte-americanas.

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação