Durante discurso em cerimônia de comemoração de 63 anos do Hospital de Base, nesta terça-feira (12/9), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), usou um termo pejorativo para citar pacientes psiquiátricos do hospital. Ele disse que, na infância, ficava brincando com os “doidinhos melhores”, enquanto a mãe dele trabalhava na ala psiquiátrica da unidade.
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Ibaneis nasceu no hospital e relembrou, durante a cerimônia, o período em que passava horas no local quando sua mãe atuava na instituição. “Tenho lembranças boas daqui. Minha mãe trabalhava na psiquiatria. Eu vinha com ela e ficava ali brincando com os doidinhos melhores. Acho que é daí que vem minha loucura de trabalhar demais pelo Distrito Federal”, declarou Ibaneis ao discursar na celebração de 63 anos da instituição.
Chamar pessoas em sofrimento psíquico de "doido" ou alinhar a condição com loucura reforça preconceitos. Entidades que promovem o fortalecimento da saúde mental têm trabalhado para concientizar a sociedade sobre o uso dos termos corretos, a fim de, também, evitar que pessoas nessa condição evitem procurar ajuda para não serem vistos como "doidos".
Assista à fala:
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Hospital de Base
Idealizado pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek e inaugurado em 1960, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) é considerado referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para assistência de casos de alta complexidade, como politraumas, emergências cardiovasculares, neurocirurgia, cirurgia cardiovascular, atendimento onco-hematológico (Cacon II) e transplantes.
Além de contar com a presença do governador, a comemoração contou com apresentação da orquestra Filarmônica e presença do diretor-presidente do Iges-DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior; o superintendente do HBDF, Bruno Sarmento; a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio; o deputado distrital Jorge Vianna e o deputado federal Ismael Alexandrino.
“São mais de mil trabalhadores da Secretária de Saúde [SES-DF] cedidos à unidade, a maior parte de técnicos de enfermagem e médicos. Abrimos a opção para que esses servidores retornassem e vimos que a maioria desejava continuar no HBDF, porque é uma casa acolhedora e um exemplo”, declarou a secretária de Saúde.
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