O aumento da oferta de moradia no DF e a expectativa do mercado imobiliário sobre a taxa de juros foram tema do CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (12/9). Aos jornalistas Victor Correia e Ronayre Nunes, o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Roberto Botelho, explica que a realização de parcelamentos urbanos legais podem ajudar a resolver os problemas de moradia e mobilidade do DF e do Entorno. “O grande sonho do mercado imobiliário é o equilíbrio da oferta, um mercado desequilibrado não é bom nem pro comprador nem pro vendedor”, declara.
O empresário divide o mercado imobiliário do DF em duas faixas, o de média/alta renda, que segundo ele está bem atendido, e o mercado de baixa renda, onde que há um desequilíbrio no setor. “O Governo do Distrito Federal está procurando fazer um programa para 80 mil habitações. Com essas 80 mil habitações acho que vai atingir um equilíbrio também no mercado de baixa renda”, salienta. Botelho lembra que chegou à Câmara Legislativa do DF a lei de parcelamentos urbanos, que visa facilitar a aprovação de novos parcelamentos urbanos na capital federal. “O projeto pretende atender essa população, que é muito carente e precisa muito da ajuda do governo para atingir o objetivo da casa própria”, garante.
Para o presidente da Ademi, o cenário imobiliário nacional está bem aquecido e há uma boa expectativa para o futuro. “A taxa de juros é o principal indutor do crescimento do mercado imobiliário, justamente porque os financiamentos são todos de longo prazo”, aponta. O entrevistado expõe que para cada 1% que cai da taxa de juros, diminui uma determinada porcentagem da prestação dos financiamentos de imóveis. “Você inclui dentro do mercado várias pessoas que estariam fora se a taxa de juros estivesse elevada por causa da renda”, pondera.
*Texto de José Augusto Limão, estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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