Os famosos jacarandás estão presenteando os trajetos de muitos brasilienses com seu charme de tons rosa e roxo. Na época da floração a árvore apresenta uma profusão de flores em cachos de rosa a roxo que a cobrem por completo. E seus troncos de cor castanho escuro e tortuosos criam uma silhueta peculiar. Seja no trânsito, indo para o trabalho, escola ou fazendo caminhadas diárias. muitas pessoas reservam um pedaço do seu dia para apreciar os jacarandás.
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Passando todos os dias em frente aos jacarandás, Simone Santos, 53 anos, contou que não sabia que a árvore roxa que embeleza o gramado ao lado da ciclovia tinha esse nome. "Eu trabalho aqui nas proximidades e faço esse trajeto da ciclovia diariamente a pé. Quando eles estão bem floridos costumo fazer umas fotos". A administradora declara que já realizou fotos de todas as formas, desde encostada na árvore a deitado no tapete roxo. "Esse chão fica roxinho, é muito bonito de se ver. Eu gosto bastante de tirar fotos com a natureza seja um ipê ou um jacarandá", salienta.
Diversidade
Popularmente conhecido como jacarandá, a árvore tem diversas espécies e gêneros, como explica o engenheiro florestal Marcelo Pereira. O especialista afirma que algumas espécies não são nativas do cerrado. "Existem muitas árvores que dizem ser do cerrado, mas são de outras regiões. O cerrado é um bioma muito extenso", afirma. O engenheiro ressalta que uma das espécies nativas da região é a sucupira branca, que tem início da florada, agora, no começo de setembro. "O nome popular jacarandá pode se referir a diversos gêneros e espécies. A sucupira branca pessoalmente é uma das plantas que mais me chama a atenção", frisa.
Marcelo explica que esse tipo de sucupira branca floresce no período chuvoso da capital federal, e que a floração normalmente dura todo o mês de setembro. "Tem a gradação da coloração das flores. Temos desde tons rosa até tons roxo", conta. Pereira enfatiza que muitas pessoas usam a semente da árvore de sucupira branca como anti-inflamatório.
Paixão
Trabalhando nas proximidades dos jacarandás, Cesar Augusto Carvalho, 26, é apaixonado por ipês e diz que sempre que observa alguma árvore colorida faz uma pausa em seu trajeto para fotografar. "Nunca havia prestado atenção que essa árvore se chamava jacarandá, mas aqui, quando está tudo florido, é muito lindo de se ver", frisa. Segundo o técnico em informática, pode até acontecer de na correria no dia a dia as pessoas não observarem quando há o início da floração dos jacarandás, mas quando as árvores estão todas roxas, não há como não prestar atenção. "Elas formam um corredor belíssimo", destaca.
O cerrado abriga mais de 20 espécies de jacarandás nativos, e desses, apenas oito ocorrem aqui no Distrito Federal. O mestre em botânica, Clapton Moura, expõe que esses tipos de árvores são normalmente arbóreas e arbustivas, com flores semelhantes às flores dos ipês. "Elas têm todas as suas pétalas unidas formando um tubo e os frutos são umas cápsulas , bem características e > os frutos são umas cápsulas, bem características", declara.
Floração
Clapton conta que essas árvores podem chegar a até 30 metros de altura. Ele explica que não é possível dizer qual o momento certo da floração de todas as espécies, mas que o comum é no intervalo entre agosto e novembro. "Elas vão florir sempre nesta época em que está acabando a seca e começam a chegar as chuvas", salielapton conta que essas árvores podem chegar a até 30 metros de altura. Ele explica que não é possível dizer qual o momento certo da floração de todas as espécies, mas que o comum é no intervalo entre agosto e novembro. "Elas vão florir sempre nesta época em que está acabando a seca e começam chegar as chuvas", salienta.
Para Moura, assim como os ipês, os jacarandás têm um momento, em que perdem todas as folhas por causa do stress para enfrentar o período de seca. "Os frutos delas dão no final da seca, porque as suas sementes são bem finas e não possuem muita reserva de nutrientes para esperar o tempo certo de germinar. Os períodos em que os frutos estão disponíveis são durante as chuvas, onde há tempo para as sementes tocarem o solo e germinarem", lembra.
*Estagiário sob a supervisão de Hylda Cavalcanti
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