Os brasilienses têm consumido cada vez mais sorvetes e picolés para amenizar o calor, comum no período de seca, mas que bateu recorde de temperatura neste ano, registrando 33,9ºC, na última semana. Só em agosto, de acordo com o Sindiatacadista do Distrito Federal, o consumo das guloseimas geladas aumentou 50% em comparação aos três meses passados (maio, junho e julho).
Esse movimento, segundo o presidente da categoria, Álvaro Júnior, já esperado pelo setor. "A nossa região, neste período, é muito propícia para o consumo de produtos gelados, como o picolé e sorvete. Então, apesar de ainda estarmos no inverno, Brasília tem uma característica diferente, porque o fim do inverno coincide com a nossa seca, com dias quentes e de baixa umidade," afirmou.
Álvaro detalhou que o tipo do sorvete com maior demanda do mercado é o que se armazena em potes de um a dois litros. "Esses são os potes familiares, aqueles que você compra para levar para casa."
Outras capitais
Lysipo Torminn Gomide, diretor da Brassol Sorvetes, afirma que em outras capitais o fenômeno se repete. "Aqui, no DF, os produtos mais consumidos são os potes de sabores tradicionais: napolitano, creme e flocos. Mas, nestes dias mais quentes, vende-se muito os picolés, em especial os infantis e os de frutas", conta.
O diretor ressaltou também que, apesar do aumento nas vendas, o Brasil ainda fica atrás de países mais ricos no consumo do doce. "O mercado de sorvetes é grande no Brasil, mas o consumo per capita é pequeno, se comparado aos países mais ricos, da América do Norte e Europa. E aqui o consumo ainda está muito relacionado ao clima." pontuou Gomide.
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