Para colorir ainda mais cinco parques urbanos do Distrito Federal, o grafiteiro de Ceilândia Edmar Cosmo de Brito, 47 anos, mais conhecido como Simpson, tem feito desenhos sobre a fauna e a flora do cerrado. O artista faz o trabalho com apoio da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) após ter saído do sistema prisional em junho deste ano.
- Pioneiras do DF são homenageadas com grafite em espaço da Asa Sul
- Iniciativa cria painéis de grafite em paradas de ônibus do DF
- Grafiteiros de Ceilândia doam 25 cestas a pessoas em situação de rua
O grafiteiro do grupo 1 Vida 2 Mundos (1V2M) desenhou flores, ipês e animais como o carcará, capivara, saruê, beija-flor, tamanduá-bandeira e a arara-azul nas paredes de banheiros e sedes de administração de parques do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que o contratou como pintor.
Os locais contemplados são o Parque Ecológico dos Jequitibás, em Sobradinho, Parque Ecológico do Gama, Parque Ecológico de Águas Claras e Parque Ecológico Asa Sul, que receberam grafites ao longo do último ano.
Edmar ainda finaliza os desenhos no Parque Ecológico do Riacho Fundo, trabalho iniciado em julho deste ano, um mês depois de ter saído do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), conhecido como Galpão, localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
Saiba o que é o galpão
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), o CPP é um estabelecimento prisional destinado ao recebimento de custodiados do regime semiaberto e que tenham realizado os benefícios legais de trabalho externo e de saídas temporárias.
O CPP tem como objetivos principais a vigilância, custódia e ressocialização do apenado do DF, por meio de ações de ressocialização, disciplina e segurança para manutenção da ordem pública e do bem estar social.
No Galpão, Simpson diz que ficou um ano e oito meses preso injustamente por tráfico de drogas ao ser detido por 0,5 grama de cocaína, que ele assegura que não eram dele. Segundo ele, forjaram o crime contra ele, que foi condenado pelo passado nesse tipo de crime.
“Eu não estava mais envolvido com o tráfico de drogas. Mesmo assim fui condenado a sete anos de prisão por meia grama que não era minha. Saí há pouco tempo e continuo trabalhando no Ibram e também faço algumas pinturas por fora”, explica.
Para ele, o grafite mostra quem ele é e não quem foi. "O meu trabalho está unindo as duas coisas e, para mim, está sendo muito bom trabalhar com desenho, porque acaba dando mais vida para os parques, como se fossem museus a céu aberto, expondo animais e plantas do cerrado como obras de arte", comentou.
Saiba Mais
-
Cidades DF Golpista reclamou com comparsa após faturar "apenas R$ 700 mil" de aposentados
-
Cidades DF CPI aprova para setembro depoimento de hacker preso pela PF
-
Cidades DF Tempo no DF: máxima será de 30°C com chances de chuvas hoje (31/8)
-
Cidades DF Ex-deputado Daniel Silveira é investigado por romper tornozeleira eletrônica