Uma golpista, presa em uma operação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia do Estado de São Paulo (PCSP), reclamou para um comparsa que faturou no mês “apenas” R$ 700 mil do golpe do empréstimo consignado, contra aposentados e pensionistas do Distrito Federal.
Em uma análise do trecho de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, de 30 de março deste ano, a golpista identificada como Célia diz ao comparsa que conseguiu faturar pouco naquele mês. Depois, o comparsa conversou com outro integrante da quadrilha, dizendo que a “menina tem que vender” no próximo mês, além de serem citados bens e viagens de luxo.
De acordo com as investigações, a quadrilha causou aproximadamente R$ 5 milhões de prejuízos para aposentados e pensionistas do Distrito Federal. A PCDF acredita que, no restante do Brasil, o esquema tenha chegado a R$ 50 milhões.
Os agentes contam com a parceria da PCSP, o que resulta em um total de 65 policiais nas ruas para o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão e prisão. Dentre os bens apreendidos, está uma Mercedes.
O esquema
A operação foi batizada de Illusio, ou ilusão em português. De acordo com a investigação, a quadrilha tinha como principal alvo os idosos. Com o dinheiro do crime, amealharam patrimônio e vários automóveis das vítimas. Para os investigadores, os criminosos acreditavam que, por estarem a “distância” das vítimas, poderiam se safar do crime. Ao menos sete empresas de fachada, chamadas de “financeiras”, foram utilizadas para o cometimento dos golpes.
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