Saúde

Quer parar de fumar? Saiba alguns motivos para abandonar o hábito

Hoje (29/8), Dia Nacional de Combate ao Fumo, especialistas alertam para as 50 diferente doenças causadas pelo cigarro. Após largar o vício, pacientes se recuperam, mas alguns casos são irreversíveis.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo conscientizar a população sobre os graves problemas da utilização do tabaco. Além de doenças respiratórias, o hábito pode causar câncer em vários órgãos do corpo. 

Para especialistas, mesmo com o aumento de informações sobre os danos causados pelo cigarro, o hábito continua sendo um problema e uma ameaça à saúde pública. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 161.853 pessoas morrem todos os anos no Brasil por conta do cigarro. Além disso, o vício é responsável por 90% das mortes causadas por câncer de pulmão.

Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o cigarro mata mais de 8 milhões de pessoas por ano no mundo. De acordo com a supervisora da residência médica em hepatologia do Hospital de Base, Liliana Sampaio Costa, o cigarro pode causar fragilidades em vários órgãos, podendo causar úlcera, doença do refluxo, dificuldades de metabolismo do fígado, entre outras. “Mais de 60% das mortes por doenças crônicas não transmissíveis no mundo, tem relação com o fumo”.

Ainda segundo a Liliana, pessoas com problemas no aparelho digestivo causadas pelo fumo podem apresentar azia, regurgitação ácida, náuseas, vômitos, má digestão e algumas lesões de órgão sem sentir nada. Alguns cânceres não tem nenhuma manifestação até estarem em estágio avançado, por isso todo fumante deve fazer exames periódicos pelo menos uma vez a cada seis meses.

Alguns estudos apontam que após 15 anos que uma pessoa parou de fumar, o risco de doenças cardiovasculares se iguala ao de quem nunca fumou e depois de 20 anos, os pulmões ficam completamente limpos. Isso varia de acordo com o grau de exposição ao tabaco. “Alguns danos podem ser irreversíveis pois além do cigarro, existem fatores individuais como genética”, afirma.

 

Texto de Luis Fellype Rodrigues

estagiário sob a supervisão de Márcia Machado