Alvo da Operação Nexum, deflagrada na manhã desta quinta-feira (24/8) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Maciel Carvalho é considerado o principal alvo da investigação que apura esquema de estelionato. Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi de busca e apreensão, como parte da operação.
Foram cumpridos na manhã desta quinta, ao todo, cinco mandados: três de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. A ação da PCDF busca apreender bens e documentos relacionados à investigação policial, bem como colher outros elementos de convicção relacionados aos envolvidos. Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
No DF, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Águas Claras e no Sudoeste, contra Maciel, Jair Renan e outro envolvido, sendo que um deles era o “testa de ferro” usado pelo grupo para figurar como proprietário das empresas.
Na operação, Maciel foi detido e já passou por audiência de custódia. Ele deve ser transferido para a Papuda ainda nesta quinta ou na sexta-feira (25), segundo informou ao Correio o advogado de defesa dele, Samuel Magalhaes. Ele esclareceu, ainda, que não teve acesso aos autos do processo e afirmou que os fatos serão esclarecidos em tempo oportuno. "Maciel Carvalho e sua assessoria jurídica acreditam no devido processo legal, no contraditório e na ampla defesa e, assim que tiver acesso aos autos irão demonstrar a sua inocência. Maciel Carvalho se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e demonstração da verdade", pontuou.
Maciel é empresário, influenciador e professor de tiro. Nas redes, se descrevia como formado em Filosofia, Teologia, Direito e Administração. Ele chegou a dar aulas de tiro para Jair Renan e os dois têm um histórico de aparições juntos, inclusive compartilharam fotos juntos nas redes sociais.
Já havia sido preso em janeiro
Maciel Carvalho foi preso na manhã em 5 de janeiro pela Operação Falso Coach, deflagrada pela PCDF e que apurava envolvimento dele em crimes de posse e comércio ilegal de armas de fogo.
Ele foi liberado no dia seguinte por que tinha "residência fixa, trabalho lícito e não há risco se ele for posto em liberdade", segundo informou o advogado dele ao Correio, à época.
A polícia informou à época que Maciel ministrava cursos de armamentos e tiros e vendia armas por meio das redes sociais, onde postava anúncios para atrair clientes e alunos. Os policiais apreenderam diversas armas de fogo, munições, aparelhos celulares, computadores e documentos diversos.
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