A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda procura o blogueiro Wellington Macedo, um dos três suspeitos de tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro. Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, o delegado Leonardo de Castro Cardoso pontuou que a informação é de que o influenciador está fora do Brasil.
Foragido desde 24 de dezembro do ano passado, Macedo frequentou o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército antes de tentar explodir o aeroporto, e estava hospedado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. “Ele frequentou o acampamento. Além disso, frequentou outras regiões do DF, inclusive uma casa em Águas Lindas. Fizemos uma busca lá, mas ele não se encontrava no local. Nós tivemos acesso à localização até o momento que ele rompeu a tornozeleira eletrônica, em Ceilândia”, disse.
“O veículo que ele utilizou para colocar o artefato explosivo no aeroporto também foi utilizado para a fuga dele (do DF). “Nesse veículo, ele se dirigiu ao estado do Mato Grosso do Sul. Depois, o veículo retornou a essa casa. Ele (o blogueiro) não estava, apenas o veículo”, acrescentou o delegado, responsável pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
O delegado reforçou que ainda monitora e busca o paradeiro de Wellington, já que ele tem um mandato de prisão pelo caso da bomba, enquanto a Polícia Federal também caça o blogueiro correspondente aos atos de invasão à sede da PF.
Foragido
A informação mais recente é de que Wellington está no Paraguai, e tentou se credenciar para posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, na terça-feira (15/8). O pedido foi negado pelo governo paraguaio, após o governo brasileiro ter avisado sobre a possível presença de Wellington.
Antes de ser denunciado e se tornado réu no processo que tramita na 8ª Vara Criminal de Brasília, o blogueiro trabalhou no então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, como assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, da ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos).
Entre os meses de fevereiro e outubro de 2019, período em que trabalhou no ministério, Wellington era responsável por despachar medidas que iam da destinação de verbas para custear viagens de serviço à contratação de uma empresa para transportar "bagagens para todas as regiões dentro do Brasil e transporte de veículo do tipo automóvel e motocicleta dentro do território nacional", como constava no site do ministério.
O ex-assessor acumulou, ao longo dos oito meses no Ministério da Mulher, cerca de R$ 82 mil em salários. Graças ao Portal da Transparência, o Correio constatou que Wellington também requereu e recebeu cinco parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, em 2020.
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