O presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Wellington Luiz (MDB), acionou a Polícia Legislativa para que abra uma investigação contra um candidato a deputado federal nas eleições de 2022. O caso teria ocorrido após o candidato ter supostamente desacatado a deputada Dayse Amarílio (PSB) em frente à Casa.
O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (15/8). De acordo com a deputada, ela estava em frente à CLDF para conversar com mulheres que iriam acompanhar a sessão ordinária de hoje. Em determinado momento, Rodolpho Hoth Hoth (Solidariedade) teria “entrado no meio” e abordado a parlamentar de forma ríspida.
"O senhor pode se apresentar aqui na assessoria que eu já te atendo. Ele disse: ‘eu não falo com assessor’. Eu falei e perguntei de onde ele era, porque não sabia o que ele era. Ele muito nervoso, falou: ‘se você não quiser falar, não precisa falar’. Daí, ele generalizou dizendo que 'o que vocês estão fazendo aí (deputados), porque não servem para nada'", disse Dayse.
"Achei (que falou) de forma desrespeitosa. Sempre atendemos todo mundo. Estávamos ali fora para ouvir as mulheres. Foi uma forma muito desrespeitosa de falar", completou a parlamentar.
Na presidência, Wellington disse que Hoth Hoth "é o tal do machista, e que, frente a frente, ele não é tão macho assim não". O presidente ainda chamou o candidato a parlamentar de covarde e adiantou que fará uma moção para que Hoth não compareça mais à CLDF.
Manifestação
Nas redes sociais, Hoth Hoth gravou um vídeo no qual aparece em cima de um trio elétrico, com um microfone, pedindo a cassação do deputado Daniel Donizet (PL), acusado de estar envolvido em ao menos três denúncias de assédio sexual. Coincidentemente, uma manifestação de 150 mulheres também estavam pedindo o afastamento do parlamentar.
Em outra denúncia envolvendo o nome de Donizet consta que, no dia 22 de março, o parlamentar teria participado de um ato de violência sexual contra garotas de programa em um motel do Núcleo Bandeirante, juntamente com seu assessor, Marcos Barbosa, além de um outro homem não identificado. Após a repercussão do caso, Marcos pediu exoneração.
O assessor teria agredido uma das moças, batendo no rosto dela com tapas e socos. Em certo momento, ainda segundo o relato, ele a teria enforcado, segurado forte pelos braços e forçado a fazer sexo sem camisinha contra a vontade da mulher.
O Correio tenta contato com Hoth Hoth.
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