Abastecimento

Com reajuste, preço da gasolina pode ficar R$ 0,30 mais caro no DF

Para a gasolina tipo A, o preço sobe R$ 0,41, o que gera um aumento de R$ 0,30 na distribuidora para o revendedor nos postos. Reajuste vale a partir desta quarta-feira (16/8)

Após anúncio da Petrobras, os postos de combustível do Distrito Federal vão sofrer mudança nos preços a partir desta quarta-feira (16/8). Para a gasolina tipo A, o preço sobe R$ 0,41, o que deve gerar um aumento de R$ 0,30 na distribuidora para a revenda ao cliente.

O diesel vai sofrer um aumento de R$ 0,78 nas refinarias, que vai corresponder a um acréscimo de R$ 0,69 na distribuidora para o revendedor. Segundo Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), cada revendedor decide quando e como será o reajuste para o consumidor. 

Ele explica que ocorre o aumento devido à defasagem com relação ao mercado internacional de preços. "Como o Estado não é autossuficiente de petróleo, precisa importar em torno de 20% da gasolina e 30% do diesel produzido no Brasil, e as distribuidoras precisam importar esse produto", diz.

Diante disso, Tavares acrescenta que as pequenas distribuidoras que abastecem os postos de bandeira branca — que não são filiados a grandes marcas nacionais ou internacionais — compõem 45% dos postos do território nacional. Esses, segundo ele, não recebem o produto direto de uma distribuidora da Petrobras, que eleva os custos de distribuição. "Até chegar a esses pequenos distribuidores fica difícil", alerta. 

Margem de lucro

Paulo assegura que é normal alguns postos aumentarem os preços nesta terça-feira (15/8), um dia antes do reajuste oficial, pois precisam garantir uma margem de lucro. De acordo com ele, é importante frisar que, neste caso, temos um produto que custa R$ 3 e amanhã vai custar R$ 3,80, por exemplo.

"Imagina começar a vender o produto sem ter aumento nas vendas. Por isso que é provável que alguns donos de postos façam o reajuste antes por não ter recurso financeiro para repor o estoque. A minha margem de lucro hoje não cobre o que vai ter de aumento", contextualiza o presidente do Sindicombustíveis-DF.