A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa enviou, nesta sexta-feira (11/8), ofício para a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) questionando a decisão de liberar, por tempo indeterminado, as faixas exclusivas da Estrada Parque Taguatinga (Eptg) em caráter experimental. O documento questiona se houve estudo preliminar, anterior a decisão, e afirma que a medida pode ser prejudicial aos usuários de transporte coletivo, podendo aumentar o tempo de permanência dos passageiros nos ônibus.
Desde a 0h01 desta sexta, todos os veículos foram autorizados pelo Departamento de Estadas e Rodagens (DER-DF), com aval da Semob-DF, a circular no espaço antes reservado apenas para ônibus, vans escolares e táxis com passageiros. Segundo a pasta, o objetivo é “desafogar o trânsito” da Eptg, que passam, em alguns trechos, por obras.
Para o autor do ofício, deputado Max Maciel (PSol), a medida prejudica os usuários de ônibus e vai contra a lei federal que prevê os corredores exclusivos. “A implantação de faixas exclusivas operacionais traz um ganho de eficiência para o transporte público coletivo (ônibus), reduzindo o tempo de viagem das pessoas que necessitam dele para se deslocar nas cidades”, afirma o parlamentar, que lembra que o deslocamento por ônibus é a principal modalidade no Brasil, com cerca de 40 milhões de viagens por dia.
“Vamos abrir mais uma faixa na EPTG, com uso do corredor de ônibus, para contribuir com o trânsito naquela região onde há um grande volume de obras. A operação tem caráter experimental e será monitorada pelo DER, devendo permanecer até fazermos uma nova avaliação do tráfego local”, explica o presidente da autarquia, Fauzi Nacfur Junior.
O GDF não informou quanto tempo durará a experiência.