A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou, na manhã desta quarta-feira (2/8), a operação Maracanaú e desarticulou uma associação criminosa acusada de praticar o golpe do precatório. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos no Ceará. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
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A ação foi coordenada pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), que começou a investigar o grupo depois que três moradores da região foram vítimas de estelionato. O delegado à frente do caso, Thiago Boeing, explica que o grupo atuava em todo o Brasil. "Eles entravam em contato com vítimas de todo o país pelo WhatsApp e encaminhando um comprovante de liberação do precatório. Em seguida, quando a vítima respondia, eles passavam falsas informações", afirmou.
Os criminosos orientavam as vítimas a entrar em contato com o escritório de advocacia para a liberação dos valores, mas na verdade o plano fazia parte do golpe. Quando a vítima retornava o contato, os autores confirmavam a liberação e redirecionavam ela para outro golpista, que se passava como funcionário do Tribunal de Justiça e solicitava pagamento de supostos impostos para liberação do precatório.
No decorrer da investigação foi constatado que os autores também atuavam nos estados de São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul com o mesmo modus operandi. A polícia ainda não sabe dizer quantas pessoas caíram no golpe.
Os autores poderão responder pelos crimes de estelionato (“fraude eletrônica”) e associação criminosa. Se condenados podem pegar mais de vinte anos de prisão.