Em casa, ao lado de seus familiares, após receber alta na última sexta-feira (28/7) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), bastante emocionado, o jornalista Jair Wilson de Farias conversou com o Correio nesta terça-feira (1º) e destacou o sentimento de gratidão por sua vida. Ele passou oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HRC, onde foi internado em estado grave, depois de ser agredido na rua. Agora, segue o tratamento em casa.
"Graças a Deus e aos profissionais de saúde estou me recuperando e podendo contar com a apoio e a solidariedade de uma grande rede de pessoas no DF. Ainda fico muito emocionado ao falar nesse assunto porque é uma situação que a gente não espera acontecer", ressalta.
Sentindo muitas dores e tontura, Jair segue tomando remédios e fazendo fisioterapia em casa. No dia das agressões sofridas, só lembra de ter estacionado o carro e, ao dar três passos a frente, escutar uma voz gritando "perdeu, perdeu". Em seguida ele sentiu uma forte pancada na cabeça e não se recorda de mais nada.
De acordo com laudo médico, Jair sofreu broncoaspiração, ficou sem oxigênio no cérebro, teve um derrame pleural seguido de pneumonia e precisou ser entubado. Sem nenhuma resposta ainda por parte das autoridades policiais, o jornalista segue aguardando informações sobre os agressores que o abordaram. O caso é investigado pela 32ª Delegacia de Polícia.
"A equipe da UTI do Hospital de Ceilândia, coordenada pela doutora Imara Schettert Silva, merece todos os aplausos pela gestão responsável e competência profissional com a qual fui atendido e assistido naquela unidade, durante todo o período em que precisei de atendimento", agradece.
O caso
O jornalista, de 71 anos, foi internado em estado grave após ter sido encontrado com graves ferimentos no dia 16 de julho. Ele foi socorrido próximo a igreja Santa Luzia em Samambaia, com grave ferimento na cabeça.
À polícia, o homem que o socorreu relatou que havia acabado de chegar à festa julina da igreja. Ao parar no estacionamento, o avistou desmaiado. Ele chegou a procurar pelos documentos no bolso do jornalista, mas encontrou apenas a chave do carro dele. Então acionou o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e Jair foi socorrido pelas equipes de plantão, levado às pressas ao HRC.